O cônsul de Portugal em Ho Chi Minh, no Vietename, disse que as tecnologias foram e continuam a ser essenciais no apoio aos portugueses estiveram e aos que ainda vivem naquele país, num cenário da pandemia.
“Esta foi a minha primeira experiência de dar assistência portugueses em situação de emergência e aquilo que senti é que no máximo posso estar em contacto direto com 150 pessoas, com as regras que impus desde o dia 16 de março, tudo numa mesma plataforma”, afirmou Afonso Vieira, responsável do Consulado de Portugal no Vietename que reporta à Embaixada portuguesa em Banguecoque.
A plataforma era o WhatsApp, a única que usou não respondendo diretamente a ninguém no facebook ou qualquer outra rede social.
“A partir do dia 18 (de março) começou tudo a ficar muito confuso porque o espaço aéreo europeu e as fronteiras começaram a fechar-se (…) com voos e destinos a serem trocados. As companhias aéreas deixaram de atender telefones ou responder a mails. Era preciso ir ao aeroporto para se conseguir comprar um novo bilhete de avião”, explicou.
Nos aeroportos havia “pessoas a chorar, pedido de intervenção da polícia para afastar os passageiros que já estavam a debruçar-se em cima dos balcões”, continuou, considerando que esses foram dias de grande tensão.
“Por sorte, aqui no consulado uma das grandes promoções que fizemos nos últimos dois anos foi turismo em Portugal. Por isso temos ótimas relações com os ‘country manager’” de companhias de aviação, procurando avaliar em cada voo “encaixar mais um português ou não”, afirmou Afonso Vieira.
Segundo o cônsul de Portugal no Vietname, toda a tensão e frustração que os portugueses estavam a sentir, por não conseguirem reservar um voo, por estarem a pagar voos que estavam a ser cancelados ou por verem as ligações posteriores de avião ou de comboio a serem anuladas, estavam ser canalizadas para as estruturas diplomáticas do país.
“E sou eu é que tenho de arranjar soluções, ou pelo menos sugeri-las para que as pessoas consigam arranjar uma maneira de regressar a casa”, assumiu.