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Uma viagem no tempo para contar a história de uma indústria do chapéu

22 Dezembro, 2020 Regional
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Uma viagem no tempo para contar a história de uma indústria do chapéu

MUSEU DA CHAPELARIA EM S. JOÃO DA MADEIRA

 

O início de uma cobertura para a cabeça e do seu uso data de tempos muito recuados. A indústria da chapelaria é, de facto, muito antiga na Europa e em Portugal sofreu um particular impulso no séc. XVIII pelas mãos do Marquês de Pombal.

Desde meados dos séc. XVIII que a população de S. João da Madeira se dedicava ao fabrico manual, caseiro ou de pequena oficina de chapéus de lã grossa, e a primeira fábrica foi fundada em 1802.(J.Gomes de Pinho). Em 1867 existiam já 6 fábricas de chapéus e em 1892 é instalada a primeira fábrica a vapor com uma capacidade produtora de 200.000 chapéus (Oliveira, Palmares & Cia). 

Em 1909 existiam cerca de 12 fábricas e em 1914 surge a primeira fábrica de chapéus totalmente mecanizada, movida a vapor e produtora de chapéus finos – a Empresa Industrial de Chapelaria, Lda (atual Museu da Chapelaria). E foi na terra que é famosa pelos chapéus que produziu e produz, sem o explendor de outros tempos de uma indústria que empregava mais de 6 mil pessoas que as memórias do chapéu, nos dão dadas a conhecer no museu da Chapelaria que visitámos

 

 

Vamos visitar um museu de se “lhe tirar o chapéu” e pelo preço simbólico de 1 euro o grupo em que nos incorporamos sai dali mais rico em conhecimento, graças ao profissionalismo da guia Sara Costa que  nos conduz perante máquinas que produziram milhões de chapéus!  Pode-se dizer que este concelho nasceu para produzir chapéus e mesmo com altos e baixos no seu uso e desuso, mesmo assim a produção de feltros é centralizada em S. João da Madeira com a criação em 1943 da Cortadoria Nacional de Pêlo e posteriormente com a criação da FEPSA em 1969.  A FEPSA foi fundada em 1969, em S. João da Madeira, graças à união de 6 industriais de chapelaria com raízes no início de séc. XX, e é em grande medida o consolidado de uma indústria muito antiga na Europa, e que em Portugal teve um significativo impulso no séc. XVIII com o Marquês de Pombal.

Nos dias de hoje o feltro para chapéus é produzido na FEPSA por homens e mulheres cujo saber e trabalho dedicado permitem concorrer num universo de qualidade de topo, quer de produtos, quer de serviços. O feltro é produzido através da disposição aleatória de fibras animais numa superfície, criando um manto, e da sua feltragem por compressão e vibração, sob ação de água e calor.  Isso nos explica a guia, já que estamos no Museu da Chapelaria e não na fábrica exportadora de chapéus para o mundo! Sara Costa refere que o processo de manufatura é conhecido do Homem desde há milhares de anos, e foi um dos primeiros processos de fabrico desenvolvidos pelo Homem. O feltro tem por isso uma história quase tão antiga como a história do próprio Homem.

 

O papel  social do chapéu

O papel do chapéu foi ao longo dos tempos símbolo de poder e soberania, signo de superioridade. Variou consoante as oscilações políticas, caracterizou as profissões e traduziu os estados de espírito de cada um. O chapéu é portanto símbolo da identificação social. O chapéu de feltro distinguiu pessoas ao longo da História, definiu personalidades, criou identidades…e assim continua.

Desde a série televisiva “Dallas” nos anos 70, a indústria chapeleira em S. João da Madeira tem vindo a exportar os seus feltros em crescentes quantidades e qualidade. Hoje em dia a Fepsa é um dos líder mundial na produção de feltros de chapéus de qualidade, mas por detrás deste sucesso está um sempre presente sentido de inovação, conhecimento de feltragem antigo e milhões de memórias dos trabalhadores ao longo dos anos. Dentro destas paredes deste museu, onde nos encontramos guardam-se as máquinas, ferramentas, matérias-primas, chapéus. Guardam-se as histórias que a memória salvou. Dentro destas paredes, certamente se  escondem as histórias contadas em segredo das tristezas e dores que a memória não permitiu esquecer. Estamos dentro deste edifício, que foi um dia o da Empresa Industrial da Chapelaria, uma das mais importantes unidades fabris da cidade, e aqui nasceu a 22 de Junho de 2005, o Museu da Chapelaria, neste edifício onde primeiramente a indústria foi mecanizada, nesta cidade que foi um dos principais e mais importantes centros produtores de chapéus do País.

Perante as máquinas e ferramentas, matérias-primas e chapéus, memórias e histórias de vida, quem o idealizou interviu o mínimo possível.

 

Conceito e Vocação 

O Museu da Indústria de Chapelaria, tutelado pela Câmara Municipal de S. João da Madeira, é uma instituição de natureza permanente, com fins não lucrativos, criado para o interesse colectivo, com acesso regular ao público, que reúne bens culturais e a informação que lhes está associada, conserva-os, documenta-os, investiga-os, interpreta-os e difunde-os, com objectivos científicos, culturais, educativos e lúdicos e com finalidades de democratização da cultura, de promoção da cidadania e de desenvolvimento da sociedade.Conceptualmente é um museu vivo, em contacto com a população local e com as suas dinâmicas sociais e culturais e com os seus diferentes públicos, sendo um espaço por excelência do “ver e aprender a fazer” e até do “fazer” verdadeiro, cabendo-lhe como função expor, explicar, ensinar, fazer e deixar fazer. Orientado para a temática da Indústria da Chapelaria nos seus contornos de produção, comercialização, usos sociais e impactos económicos, o Museu da Indústria de Chapelaria assume-se como um espaço de reflexão, estudo e investigação de uma realidade que moldou toda a História do Concelho em particular e da Indústria em geral.

O Museu da Chapelaria de S. João da Madeira resulta fundamentalmente da vontade de preservar uma memória colectiva que as alterações da conjuntura industrial fazem tender para a perda e que, em S. João da Madeira, é especialmente significativa mercê da importância como centro industrial de chapelaria desta região

 

Empresa Industrial da Chapelaria

Com o início da fabricação do chapéu fino e a introdução das “máquinas”, a melhoria de qualidade dos chapéus fabricados e a procura no estrangeiro de matéria-prima superior, a indústria de Chapelaria conhece em S. João da Madeira um grande desenvolvimento, especialmente a partir da I Guerra Mundial. Com o decorrer dos anos S. João da Madeira torna-se o principal centro de chapelaria do País.

A título de exemplo refira-se que em 1946 as fábricas de chapelaria existentes em S. João da Madeira representavam 75% das unidades fabris de todo o país, sendo que dos 1775 operários desta indústria, 1263 exerciam a sua actividade no distrito de Aveiro, e destes, 1212 no Concelho de S. João da Madeira.

Esta posição cimeira manter-se-á ao longo de várias décadas (na década de 60 do século passado S. João da Madeira era já o único produtor nacional), toldando não só a estrutura económica da população, como sobretudo, contribuindo para o surgimento de uma cultura e vivências sociais muito própria neste concelho

ANTÓNIO FREITAS * com museu da Chapelaria

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