Ao percorrermos a história de TORRES VEDRAS, o vinho revelou, desde sempre, uma evidente importância económica e social, assumindo lugar de destaque na cultura e nas tradições populares do território, onde já os romanos teriam preferência por esta região, privilegiada para a cultura da vinha.
Durante a época das Invasões Francesas, surgem diversas referências ao vinho de Torres Vedras, muito apreciado pelo Duque de Wellington, em especial o Arinto.
Território de caraterísticas naturais singulares e de paisagens inspiradoras, Torres Vedras é uma zona vitivinícola por excelência onde a diversidade do clima, dos solos e das castas explicam a variedade de vinhos produzidos em Torres Vedras, berço de uma das primeiras e maiores adegas cooperativas do país.
Com uma ocupação superior a sete mil hectares de vinha, são mais de vinte os produtores que, com conhecimento, ciência e paixão, apresentam verdadeiros néctares que acompanham os melhores momentos da vida!
A par da produção, o turismo assume hoje um papel preponderante na promoção do Vinho de Torres Vedras. Em perfeita sintonia com a cultura, o património e a identidade deste território, os visitantes e turistas podem experienciar momentos de prazer em viagens pelo tempo, numa fusão entre a tradição e a contemporaneidade.
Os vinhos tintos são secos, encorpados e de avultado valor alcoólico, adquirindo uma qualidade notória com o envelhecimento. Os brancos, deliciosamente frutados, distinguem-se pela sua leveza, aroma e cor amarelo-citrino. Território vinhateiro com uma tradição vinícola enraizada na sua história, Torres Vedras assume-se como um dos maiores produtores nacionais de vinhos tinto, branco e rosé, com uma produção anual de cerca de 35 milhões de litros.
Aqui, a tradição e a contemporaneidade combinam experiências únicas que surpreendem quem nos visita.
Como forma de garantir a manutenção e defesa da forte tradição na cultura da vinha e do vinho, Torres Vedras e Alenquer uniram-se, representando duas Denominações de Origem (DOC) da região de Lisboa, e são em 2018 “Cidade Europeia do Vinho”, depois de decisão tomada em Bruxelas pela Administração da Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN).
A atividade vitivinícola e o enoturismo são, recorde-se, centrais para o desenvolvimento económico da região, quer através da produção de inúmeros vinhos de elevada qualidade, reconhecidos nacional e internacionalmente, quer nos investimentos em unidades turísticas que acrescentam à produção vitivinícola uma componente turística de elevado valor.
A distinção “Cidade Europeia do Vinho”, mais do que um desafio, é o reconhecimento dos territórios de Torres Vedras e Alenquer e do labor das suas gentes, adegas cooperativas, quintas produtoras e de milhares de pequenos agricultores, graças aos quais é possível produzir uva e vinho de qualidade.
São alguns dos objetivos desta iniciativa: promover, nacional e internacionalmente, a riqueza, a diversidade e as características comuns do setor vitivinícola de Torres Vedras e Alenquer; contribuir para a investigação e divulgação do papel da vinha, com enfoque nas castas tradicionais, e do vinho na paisagem natural e cultural da região; criar uma rede de partilha de conhecimentos e de experiências entre profissionais do setor vitivinícola, gastronomia, restauração e alojamento e, entre estes, e o público em geral; promover local, nacional e internacionalmente os vinho DOC de Torres Vedras e Alenquer; criar condições para o desenvolvimento de um ecossistema profissional, multidisciplinar, que contribua para a implementação de projetos de ponta no setor vitivinícola, com ligações ao enoturismo; estimular as relações de cooperação entre as autarquias e os produtores vitivinícolas; e desenvolver o enoturismo em Torres Vedras e Alenquer, em parceria com a Rota dos Vinhos de Lisboa, incentivando e apoiando produtos turísticos locais.
A cultura do vinho faz parte da identidade coletiva das respetivas comunidades, do seu património cultural e são garante do seu futuro.
Oferta Enoturística de Torres Vedras
ROTA DO VINHO E DA VINHA
Para os apreciadores da natureza, a Rota do Vinho e da Vinha é um percurso com uma extensão de 15 kms que percorre a paisagem vinhateira de uma freguesia de Torres Vedras – Dois Portos, afamada pelas suas quintas e adegas.
ADEGA COOPERATIVA DE S. MAMEDE DA VENTOSA
A Adega Cooperativa de S. Mamede da Ventosa foi constituída em 1956 e é a maior Adega Cooperativa de Portugal ao nível de volume de produção e de receção de uvas.
A adega alcançou condições tecnológicas das mais atuais e modernas no mercado e, em 2016, aumentou a capacidade de vinificação em 9 milhões de litros de vinho.
Enquadrada numa paisagem vitivinícola, a adega reúne, hoje, novas condições para receber os seus clientes.
ADEGA MÃE
A Adega Mãe nasceu de uma paixão antiga que sempre existiu no seio do Grupo Riberalves, o vinho. Com um projeto arquitetónico moderno e inovador, a Adega Mãe apresenta uma forte aposta no setor vitivinícola e no enoturismo distinguindo-se no mercado pelos vinhos genuínos que apresenta e que expressam as características únicas da região de Lisboa.
QUINTA DA FOLGOROSA
A Quinta da Folgorosa é uma propriedade localizada na freguesia de Dois Portos, bem no interior de Torres Vedras. A receção, familiar e calorosa, acompanhada pelo anfitrião, transporta o visitante a mais de trezentos anos de produção de vinha e vinho abraçados por um notável edifício do início do séc. XX, um projeto da autoria do arquiteto Ernesto Korrodi. Tem uma área de 40 hectares de vinha e todos os vinhos são obtidos exclusivamente a partir das uvas produzidas na propriedade. Para além da produção de vinhos, o enoturismo é uma atividade central na atividade da quinta.
ROTA TURÍSTICA DAS LINHAS DE TORRES
Uma rota que cruza o território do Tejo ao Atlântico, onde o visitante encontra seis percursos de visita que permitem conhecer o património das Linhas de Torres Vedras através de um conjunto de ofertas diferenciadas.
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