O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) emprestou 20 peças do seu espólio para a exposição ‘Un brindis por el príncipe’, patente a partir no Museu Regional de Arqueologia da Comunidade de Madrid, em Alcalá de Henares. A exposição apresenta pela primeira vez “um excecional achado arqueológico recente, o de um crânio que apresenta faixas pintadas com cinábrio (sulfeto de mercúrio)”, segundo informação do MNA enviada à agência Lusa.
Das vinte peças expostas em Alcalá de Henares, nove são classificadas como “tesouros nacionais”. Trata-se de peças arcaicas de ouro, três brincos, duas espirais, dois aros, um braçal de arqueiro e um diadema, provenientes do conjunto sepulcral da Quinta da Água Branca, em Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo.
Entre as outras peças há um conjunto de vasos de cerâmica provenientes da necrópole da Quinta do Anjo, em Palmela, no distrito de Setúbal, nomeadamente duas taças campaniforme.
A exposição inclui ainda imagens dos vasos de Alapraia e de S. Pedro do Estoril, das coleções da Câmara de Cascais, que “aparecem representados em diferentes suportes gráficos”.
A cultura do vaso campaniforme remonta ao terceiro milénio antes de Cristo e terá tido origem na região da Estremadura portuguesa, junto do rio Tejo, sendo caracterizada pela produção de vasos de cerâmica decorados e em forma de sino.
Esta cultura chegou à Grã-Bretanha, Sicília e Polónia e a toda a Europa central.
O museu em Alcalá de Henares, a cerca de 35 quilómetros de Madrid, traça o percurso do estabelecimento humano naquela região espanhola, desde a chegada dos primeiros humanos, as primeiras sociedades produtoras, a ocupação romana, a Idade Média e a transferência da corte espanhola para Madrid, a partir de Valladolid, e inclui uma secção dedicada à arqueologia como ciência e a sua presença na Comunidade Autónoma de Madrid.