Mais de 500 figurantes nacionais e estrangeiros participam, no fim de semana, na 15.ª recriação histórica do cerco de Almeida, ocorrido em 1810 durante a terceira Invasão Francesa, referiu o presidente da autarquia.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Almeida, António José Machado, o número de recriadores no evento deste ano “vai ultrapassar os 500”, sendo os estrangeiros oriundos de Espanha, Inglaterra e França.
A edição deste ano, em comparação com as anteriores, vai ter um maior número de recriadores históricos, assumindo o autarca que o evento “é o grande cartaz de Almeida”.
“Nós [município] também promovemos este evento durante o ano, mas ele também deu notoriedade a Almeida. E é, também, através do evento, que Almeida está a ser mais procurada [pelos turistas]. Este ano estamos a registar um acréscimo substancial de visitantes”, referiu.
António José Machado prevê que, no fim de semana, durante a 15.ª recriação histórica do cerco de Almeida, que evoca o acontecimento que levou à capitulação daquela praça-forte a 28 de agosto de 1810, passem por aquela vila fronteiriça 30 mil pessoas de vários pontos do país e também de Espanha.
As atividades incluídas no programa do cerco da vila de Almeida, localizada junto da fronteira com Espanha, no distrito da Guarda, começam na sexta-feira, com a realização do 13.º Seminário Internacional de Arquitetura Militar subordinado ao tema “Soberanias Europeias e Fortalezas Abaluartadas”.
O seminário vai decorrer até sábado, no Centro de Estudos de Arquitetura Militar, com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros.
O programa inclui ainda, entre outras iniciativas, a realização de um mercado oitocentista, um acampamento histórico militar e espetáculos musicais (com destaque para um concerto com o fadista Camané, na noite de sábado).
As recriações históricas mais relevantes ocorrem pelas 23:00 de sábado, com o cerco à praça-forte pelas tropas de Massena e a explosão do castelo e, no domingo, a partir das 11:00, com o assalto à fortaleza, nas Portas de São Francisco.
As atividades que evocam as Invasões Francesas de 1810 estão integradas na estratégia municipal de candidatura da vila de Almeida a património mundial, no âmbito da inscrição das “Fortalezas Abaluartadas da Raia”, que está a ser realizada em parceria com os municípios de Valença, Elvas e Marvão.
A antiga praça-forte de Almeida, construída nos séculos XVII e XVIII, é considerada uma “joia” da arquitetura militar abaluartada.