A vereadora do PSD na Câmara de Caminha, Liliana Silva, acusa o Instituto de Conservação das Florestas e Natureza (ICNF) de estar a fazer um abate “cego” de várias árvores centenárias na Mata Nacional do Camarido.
“É um corte cego de árvores centenárias que descaracterizou parte da Mata Nacional do Camarido”, disse em declarações à Lusa.
A ex-deputada do PSD na Assembleia da República e atual vereadora do PSD na Câmara de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, adiantou que, na semana passada, após ter recebido denúncias de moradores daquela zona, deslocou-se ao local, apercebendo-se da “barbaridade” da intervenção que “ainda está em curso”.
Contactada pela Lusa, a propósito da posição assumida pelos três vereadores sociais-democratas durante a reunião do executivo municipal, na segunda-feira, Liliana Silva considerou tratar-se de um abate “exagerado” por parte do ICNF, que acusou de “estar a cortar árvores para vender a madeira”.
“Vamos agora fazer um comunicado oficial sobre o assunto para enviar para as entidades competentes”, disse, destacando o ICNF e o Ministério do Ambiente.
“Numa altura em que as pessoas não podiam circular foi feita uma intervenção violenta na Mata Nacional do Camarido, cortando árvores com vista à venda da madeira. Os vereadores do PSD não concordam com o desbaste feito, nem tão pouco que se continue a desinformar a população com argumentos, como os usados em reunião de câmara pelo próprio presidente, de que 86% das árvores abatidas seriam acácias. Tal não corresponde à verdade e o mesmo foi testemunhado pelas dezenas de pessoas e associações ambientais que visitaram a zona para constatarem o que estava a ser feito”, referem os vereadores do PSD.
Acrescentam não concordar com a intervenção do ICNF por lhes parecer “excessiva e despropositada, principalmente numa altura em que se colocam tantos problemas de erosão costeira”.
A Lusa enviou, por escrito, um pedido de esclarecimento ao ICNF, mas ainda não obteve resposta.