O estudo ‘Alentejo: a liderar a Olivicultura Moderna Internacional’ realizado pelos consultores CONSULAI e Juan Vilar – Consultores estratégicos, concluiu que “com o crescimento esperado, nos próximos 10 anos, Portugal será a maior referência na olivicultura moderna e eficiente do mundo, e possivelmente o sétimo maior em superfície, e o terceiro maior na produção mundial de azeite”.
“Portugal conta com 361.483 hectares de olival, com produções na ordem das 100-135 mil toneladas de azeite, um volume de negócios que supera os 600 milhões de euros, e mais de sete milhões de unidades de trabalho por campanha, agrupa um total de aproximadamente 600 indústrias ligadas ao sector, entre lagares, fábricas de azeitona de mesa, refinadoras e fábricas de bagaço de azeitona”, refere o estudo lançado em novembro do ano passado, que se baseou em dados do INE.
O relatório destaca a região do Alentejo, ao referir que “tem-se afirmado como a referência mundial no processo de modernização e de inovação da olivicultura, o que tem permitido colocar a região no centro das atenções do mundo agrícola”. “A região investiu em sistemas de produção modernos e eficientes, que permitiram aumentar significativamente a produtividade, e apostou na instalação de lagares de azeite com a tecnologia mais desenvolvida no mundo, o que tem permitido melhorar significativamente a qualidade dos azeites”, exemplifica.
O estudo revela ainda que ao longo dos últimos anos tem havido uma evolução “muito significativa” da produtividade do olival português e avança que é expectável “que os atuais níveis de produtividade de azeitona (cerca de três toneladas por hectare) no Alentejo possam continuar a aumentar à medida que o olival tradicional seja reconvertido em sistemas de produção eficientes e com melhores produtividades (nove a 12 toneladas por hectare)”.
A produção de azeite português aumentou dos cerca de 40 mil toneladas, em 2000, para as 134.684 toneladas, em 2018. Portugal tem 462 lagares de azeite. As exportações portuguesas de azeite chegaram perto dos 500 milhões de euros em 2017, tornando o país o quinto maior exportador mundial de azeite, revela o estudo.
Portugal deverá subir no ranking mundial de produção de azeite
