O deputado eleito pelo partido socialista pelo círculo da Europa Paulo Pisco e cabeça de lista pelo mesmo círculo ás eleições legislativas de 6 de Outubro juntamente com dois convidados do partido idos de Portugal : o atual Secretário de Estado José Luís Carneiro e o Secretário Geral do Partido, também Primeiro Ministro, António Costa, escolheu o Pavillons de l’Etang, no Bois de Boulogne, para o lançamento da campanha de Paulo Pisco para o círculo eleitoral da Europa. Estava presente a lista completa – com Nathalie de Oliveira de Metz, Ilídio Morgado da Suíça e Sílvia Gonçalves Paradela de Bruxelas.
Foi lembrando várias vezes que os eleitores vão receber o boletim de voto em casa e devem enviar para Lisboa antes do dia 4 de outubro.
António Costa, que foi o último a falar, apresentou o cabeça-de-lista socialista pelo círculo eleitoral da Europa explicando que “ao longo das últimas legislaturas tem sido incansável a fazer a ligação entre Portugal e as Comunidades”.
Considerou que a relação que Portugal tem com as Comunidades “tem sido muito frutuosa para o nosso país” e acrescentou que “eu nunca me cansarei de dizer isto: grande parte da recuperação económica do nosso país deve-se à nossa Diáspora, pela capacidade que tem de ter contribuído para aumentar as nossas exportações. Há 10 anos atrás, as nossas exportações valiam 28% da nossa economia, hoje já valem 44% e o nosso objetivo é que no meio da próxima década já vá em 50% e para isso a rede das Comunidades é absolutamente fundamental, tem sido fundamental para o crescimento das exportações. Mas também tem sido fundamental para atrair investimento estrangeiro para Portugal. E tem sido fundamental o próprio investimento que os empresários portugueses da Diáspora têm feito em Portugal”.
Na sala estavam precisamente vários empresários e António Costa lembrou ainda o estatuto de “Utilidade Pública” que deu à Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP). Lembrou, ainda que “ao longo destes 4 anos, esta deve ter sido a décima vez que vim a França, umas vezes para encontros exclusivos com as autoridades francesas, outras vezes para recordar o contributo extraordinário que os Portugueses deram com o seu sangue para defender a França há 100 anos na primeira Guerra mundial, outras vezes para celebrar a vitória da nossa Seleção, outras vezes para celebrar uma grande exposição no Grand Palais de um grande artista português do início do século XX, Amadeu de Sousa Cardoso, mas muitas e muitas vezes, precisamente para me encontrar com as Comunidades, ouvir as Comunidades, sentir as vossas preocupações e agradecer aquilo que tem sido o vosso extraordinário contributo, não só para o desenvolvimento de Portugal cá fora, mas também para o enriquecimento de Portugal lá dentro”.
No seu discurso, o Secretário de Estado José Luís Carneiro defendeu o programa do Governo em matéria de Comunidades portuguesas e lembrou que teve o “apoio constante” do Primeiro Ministro e do Ministro dos Negócios Estrangeiros. “Apesar de tudo, foi fácil ser Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas porque tivemos um Primeiro Ministro profundamente comprometido e que não faltou com os meios e com o apoio, para que em tão pouco tempo se fizessem tão profundas mudanças na vida das Comunidades portuguesas no estrangeiro”.
Paulo Pisco apresentado como o incansável
Paulo Pisco no seu discurso começou por saudar o Secretário Geral do PS e a sua presença aqui em Paris, mais uma vez junto da comunidade e aproveitou também agradecer a confiança que o partido tem deposita do em si e na nossa lista. Agradeceu a Jorge Mendes Constante, “um advogado exímio com uma grande consciência social, um grande humanista sempre pronto a servir a comunidade, por ter aceite presidir a esta Comissão de Honra tão expressiva e variada com portugueses que têm dado tanto à França e a Portugal, com a sua criatividade, energia, perseverança e inteligência, que dão do nosso país e do nosso povo uma imagem brilhante”
Depois agradeceu muito especialmente à Anastásia Phlix, uma jovem de 19 anos estudante de medicina por ter aceite dar a cara pela juventude portuguesa e lusodescendente para a sensibilizar para a causa das comunidades, da ligação ao país, da nossa cultura, da participação cívica. Prossegui o seu discurso afirmando “E como não podia deixar de ser, agradeço à Nathalie Oliveira, ao Ilídio Morgado e à Sílvia Paradela, que fazem com a sua presença nesta lista de candidatos pelo Círculo da Europa a mais forte de todas. A presença hoje aqui, em Paris, de António Costa inscreve-se numa linha de continuidade virtuosa de convergência do Governo com as nossas comunidades, em que cada vez mais o destino do nosso país se confunde com a nossa população que está fora dele.
Ao longo desta legislatura tivemos o privilégio de assistir a uma extraordinária convergência de vontades e de sensibilidades na valorização das nossas comunidades. Com António Costa vi uma compreensão sobre o valor e importância das nossas comunidades como nunca antes tinha visto. O Primeiro-Ministro, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, o Secretário de Estado das Comunidades levaram muito longe essa compreensão e estreitaram a distância que existe entre o país e quem vive fora dele. E de certeza que no futuro este caminho continuará a ser aprofundado, para sermos uma nação mais forte e mais coesa, em Portugal e no mundo.
E é assim que deve ser. Não queremos que os portugueses residentes no estrangeiro se sintam a mais ou abandonados. Queremos que sintam que o país resolve de forma justa e correta os seus problemas e que se sintam parte integrante desta grande nação. Por isso é preciso continuar sempre neste caminho de valorizar, reconhecer e dignificar as nossas comunidades.
Gostaria de sublinhar que em matéria de comunidades portuguesas, este governo foi virtuoso, foi diligente, foi incansável, foi um governo de proximidade, foi um governo de reflexão e de ação, em que as comunidades portuguesas foram verdadeiramente um dos eixos centrais da nossa política externa. A ação do governo foi tão intensa que até deu para encher um livro, que recentemente o Secretário de Estado José Luís Carneiro apresentou com o título precisamente de “Valorizar os portugueses no Mundo”.
Aspetos particulares das políticas para as comunidades
Recordou os aspetos particulares das políticas para as comunidades que devem ser referidos, seguindo esta linha política do PS, salientando “ Desde logo uma intervenção forte à altura das necessidades em dois dos países em que os portugueses e lusodescendentes mais precisaram de nós, a Venezuela e o Reino Unido. Mas também a valorização profissional das pessoas, dos funcionários consulares e dos professores de português no estrangeiro, a expansão e modernização da rede consular e da língua portuguesa, do ensino básico às universidades. O Governo teve visão e soube inovar. “Com os diálogos com as Comunidades”, pela primeira vez é o governo que vai ter com as comunidades para as ouvir e conhecer os seus problemas e necessidades. Ouvir para de seguida agir. As pensões de reforma são a evidência de uma ação do Governo verdadeiramente exemplar, que deu uma resposta à altura de um problema antigo que se agravou com os cortes do anterior governo. Na realidade, não é aceitável que quem trabalhou a vida inteira tenha de ficar à espera tempo sem fim dos comprovativos de desconto para poder iniciar o gozo da sua reforma. E o governo foi diligente e agiu, reforçando os funcionários do Centro Nacional de Pensões às centenas e deu o pontapé de saída para a transformação das funções dos postos consulares, que vão passar a ter em cinco países funcionários dedicados a responder às questões sobre segurança social. Caro António Costa, isto é uma Revolução!
Recenseamento automático
A nova medida aprovada e em vigor do recenseamento automático foi focada e referiu ” Tal como é uma revolução a implementação do recenseamento automático que trouxe para a cidadania mais um milhão e 100 mil portugueses, uma medida que considero a mais ousada e corajosa que algum governo alguma vez já tomou para dar voz, influência e poder aos portugueses residentes no estrangeiro. Tal como é uma revolução o Programa Regressar. Ouve tempos em que o governo mandava as pessoas emigrar. A palavra de ordem agora é pedir para que regressem, porque o país precisa de todos e os incentivos são bem generosos. E neste contexto, o apoio ao investimento dos empresários portugueses residentes no estrangeiro tem um papel da maior relevância, como facilmente se percebe pela realização dos encontros de investidores da diáspora e da atividade do Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora. Mas aqui, como noutros domínios, é possível fazer mais e melhor, dar maiores garantias para quem quer investir que os seus projetos avançam sem demoras nem entraves desnecessários.
Informação disponibilizada pelo candidato e fotos