O Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas vai receber, a 7 e 8 de Junho, representantes de cerca de 43 Estados e regiões, incluindo de países de língua portuguesa.
Durante o Fórum, está programado um seminário sobre Construção de Infraestruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa. “Nos últimos anos, os países de língua portuguesa tiveram um rápido crescimento económico e sua procura por infraestruturas é mais forte”, pode ler-se na página oficial do evento.
Os responsáveis do Fórum relembraram ainda a crescente cooperação energética entre os países de língua portuguesa e a China.
Vai ser ainda discutido, entre “especialistas de departamentos governamentais da China e dos países de língua portuguesa” a forma como as empresas da China Continental e de Macau podem participar em projetos de infraestrutura nos países de língua portuguesa.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, a nona edição deste evento vai ter a tónica no desenvolvimento de infraestrutura e cooperação internacional através da inovação e de novos meios tecnológicos, mas também na promoção de construção de infraestruturas nos países da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’.
Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, mais conhecida como “Uma Faixa, Uma Rota”, está avaliada em 900 mil milhões de dólares, e visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
O embaixador de Portugal em Pequim, José Augusto Duarte, reiterou, no dia 01 de maio, que Portugal tem a ambição de incluir o Porto de Sines no projeto chinês “Uma Faixa, Uma Rota”.
“Portugal tem um interesse inequívoco em ficar conectado, com esta iniciativa, do ponto de vista económico”, afirmou o embaixador, durante uma conversa com os jornalistas, na residência oficial do cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong.
Iniciativa chinesa “uma Faixa, uma Rota” analisada em livro publicado em Macau
O presidente do Instituto Internacional de Macau defendeu que a iniciativa “uma faixa, uma rota” é, além de um processo de desenvolvimento e integração, a visão chinesa da globalização.
Jorge Rangel falava na apresentação do livro “A iniciativa chinesa ‘uma Faixa, uma Rota’ – O papel de Macau e dos Países de Língua Portuguesa”, também a cargo do presidente do Instituto de Estudos Europeus, José Luís de Sales Marques, e do professor da Universidade de São José Francisco Leandro.
A iniciativa de infraestruturas, que Pequim apresentou ao mundo em 2013, tem como objetivo refazer o mapa económico e político mundial, ao mesmo tempo que procura reformular o modelo de desenvolvimento eurocêntrico convencional, de acordo com um dos artigos que integram a publicação.