As operações na pedreira de Borba onde há ainda três pessoas desaparecidas continuam com um reforço da bombagem de água e o mapeamento do fundo.
Estão suspensas as ações com mergulhadores devido à falta de condições de segurança.
O mapeamento do fundo da pedreira mais profunda, com um plano de água maior e onde as autoridades procuram, pelo menos, três desaparecidos, está a ser feito por equipas da Marinha e do Instituto Hidrográfico, com a utilização de um sonar.
As operações envolviam esta quarta-feira de manhã 21 operacionais e 15 viaturas.
A água, que é encaminhada para uma ribeira limítrofe, está a ser retirada da pedreira mais profunda, que se encontra “em suspensão de lavra” (sem atividade) e onde as autoridades procuram os desaparecidos, que seguiam em duas viaturas automóveis no momento da derrocada da estrada.
Nesta pedreira onde estão concentradas agora as operações, a “acessibilidade de veículos e de equipamentos” é “muito limitada”, indicou já o comandante distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro, prevendo que drenagem de água vai levar algum tempo.
Localização das duas viaturas que foram arrastadas ainda desconhecida
Segundo José Ribeiro, as autoridades desconhecem ainda a localização das duas viaturas que foram arrastadas.
O deslizamento de um grande volume de terra na estrada 255 entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, provocou a deslocação de uma quantidade significativa de rochas, de blocos de mármore e de terra para o interior de duas pedreiras contíguas no dia 19 deste mês, às 15:45.
O acidente, segundo a Proteção Civil, provocou a morte de dois trabalhadores da empresa de extração de mármores da pedreira contígua, que se encontrava ativa, o maquinista e o auxiliar de uma retroescavadora, cujos corpo já foram recuperados.
O corpo da segunda vítima mortal foi retirado no sábado à noite (cerca das 22:00) da pedreira que se encontrava ativa.
O primeiro trabalhador foi resgatado sem vida da mesma pedreira no dia seguinte ao acidente.
O Ministério Público instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente, que é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação penal (DIAP) de Évora, e duas equipas da Polícia Judiciária estão a proceder a averiguações.
O Governo pediu uma inspeção urgente ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona de Borba.