Museu do Oriente inaugura
“Império Invisível” e a fotografia no Sião”
No Sião da segunda metade do século XIX e início do século XX, dois portugueses exerceram actividade como fotógrafos oficiais da corte e captaram com luz a família real, a vida do palácio, os tipos sociais, a paisagem urbana e o mundo rural do único reino asiático que se furtou à colonização ocidental. Reunidas na exposição “Império Invisível e a fotografia no Sião”, o Museu do Oriente mostra, a partir de 26 de Setembro, as fotografias de Francis Chit e Joaquim António, da colecção de Ângela Camila Castelo-Branco e António Faria.
Historicamente, o Sião é um caso único da fotografia no Sudeste-Asiático, pois que a paixão pela fotografia por parte da família real, aliada a uma forte resistência à intrusão de fotógrafos estrangeiros no território, terá favorecido as carreiras do luso-siamês Francis Chit (1830-1891) e do macaense Joaquim António (1862-1912), verdadeiros “cronistas de imagem” da família real durante os 60 anos em que exerceram atividade.
As 46 albuminas em exposição acompanham os reinados de Rama IV (Mongkut, 1851-1868) e Rama V (Chulalongkorn, 1868-1910) da dinastia Chakri, onde aparecem retratadas a coroação do Rei Chulalongkorn, em 1873, da autoria de Francis Chit, a família real e outras figuras da corte siamesa. De Joaquim António, destaque para albuminas feitas em Macau e as suas primeiras imagens no Sião: os “protegidos chineses” fotografados frente ao consulado português em Banguecoque, por ocasião do aniversário do Rei D. Carlos, em 1899; a Exposição Universal de Hanói, em 1902, onde Joaquim António esteve representado com alguns dos seus trabalhos; e uma fotografia de um grupo de músicos da Sociedade Filarmónica de Banguecoque, em 1900, na qual se pode identificar o fotógrafo português.
Resultantes de aquisição feita a um livreiro de Lisboa, as peças reunidas nesta exposição pretendem realçar o pioneirismo, a competência técnica e a qualidade artística destes dois profissionais cuja obra é ainda pouco estudada.
Paralelamente, o Museu do Oriente organiza a palestra “A minoria luso-siamesa no Sião do século XIX”, por Miguel Castelo-Branco, seguida de uma visita guiada a “Império Invisível e a fotografia no Sião”, nos dias 4 de Outubro e 8 de Novembro, às 18h00, de participação gratuita.
“Império Invisível e a fotografia no Sião” tem curadoria de António Faria e está patente até 24 de Novembro.
Exposição “Império Invisível e a fotografia no Sião”
Francis Chit e Joaquim António
Colecção fotográfica de Ângela Camila Castelo-Branco e António Faria
Curador: António Faria
Inauguração | 26 de Setembro | 18h30
Até 24 de Novembro
Horário: terça-feira a domingo, 10.00-18.00
(à sexta-feira o horário prolonga-se até às 22.00, com entrada gratuita a partir das 18.00)
Preço: 6 €
Palestra e visita guiada “A minoria luso-siamesa no Sião do século XIX”
Com Miguel Castelo-Branco
4 de Outubro e 8 de Novembro
18h00
M/ 12 anos
Participantes: máx. 25 pax/ visita
Gratuito, mediante inscrição à chegada
www.museudooriente.pt
Informações adicionais para a Comunicação Social:
Margarida Pereira
961 334 957
margaridapereira@lpmcom.pt
MUSEU DO ORIENTE
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