O Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso, no concelho minhoto de Póvoa de Lanhoso, recebeu em 2017 perto de 13.600 visitantes, informa a autarquia.
O recorde de visitantes do Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso deveu-se, segundo a autarquia, a “uma constante oferta cultural, melhorada e diversificada e a estreita relação com os estabelecimentos de ensino, instituições e associações”.
Em 2017 o número ficou “muito próximo” dos 13.600 visitantes, estabelecendo um novo recorde. “Desde que há registos, este número nunca foi alcançado”, informa a nota divulgada pelo executivo municipal de Póvoa de Lanhoso.
“Estes números resultam da aposta na valorização e dinamização do Castelo de Lanhoso, que é o nosso ex libris e uma das razões pelas quais as pessoas visitam o nosso concelho”, salientou o presidente da Câmara.
“Este trabalho será para continuar e para reforçar em 2018”, acrescentou Avelino Silva.
Em termos comparativos, no ano de 2016, o Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso recebeu perto de 12 mil e 500 visitantes, que na altura também um recorde.
A oferta cultural de 2017 incluiu uma programação contínua de exposições, uma palestra sobre os caminhos de Santiago de Compostela, um concurso de fotografia com temática histórica, o mercado medieval e as visitas guiadas.
Segundo dados da autarquia, o Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso recebeu visitantes oriundos de 49 países, com maior relevância para Espanha, França, Inglaterra, Brasil, Rússia, Alemanha e EUA.
As características deste monumento e as condições do espaço envolvente também têm despertado o interesse da comunidade escutista para a realização das suas atividades de campo, tudo mediante marcação prévia.
Ali se refugiou D. Teresa de Leão
O Castelo de Lanhoso foi erguido no topo do Monte do Pilar, o maior monólito granítico do país, isolado na divisa dos vales dos rios Ave e Cávado.
É considerado um dos mais imponentes redutos portugueses no que diz respeito à sua implementação: na Idade Média tinha um acesso difícil e ímpar entre os castelos fixados em território nacional.
De relembrar que Dona Teresa de Leão recebeu como dote de casamento com D. Henrique as terras do Condado Portucalense, pequeno território compreendido entre o Minho e o Tejo.
Regeu com pulso de ferro o que era seu por direito, utilizando o Castelo de Lanhoso como um dos principais bastiões na consolidação e ampliação das linhas de fronteira do Condado Portucalense.
A tradição refere que D. Teresa de Leão (mãe de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal) se refugiou neste castelo por duas vezes
Dentro das suas muralhas foi erguido um santuário, no século XVII, utilizando a própria pedra das antigas muralhas.
E a meia encosta podem ser apreciados os vestígios de um antigo castro romanizado. Que foi descoberto graças às obras de abertura de uma estrada de acesso ao Santuário.