Quem conta um conto… escreve livros infantis. Tudo começou com uma atividade realizada pelos alunos de português da Universidade de Toronto, Canadá.
‘Contar histórias: Quem conta um conto acrescenta um ponto’ teve como ponto de partida, vários provérbios tradicionais que deram origem a contos infantis. E estes, acabaram por se transformar em livros que chegaram a escolas distantes, em Angola e Cabo Verde.
Divididos em vários grupos de trabalho, os alunos começaram por fazer uma pesquisa sobre provérbios populares dos países de língua portuguesa e de entre os muitos existentes, cada grupo escolheu apenas um.
Cada provérbio selecionado foi, assim, o ponto de partida para histórias infantis inspiradas nesses mesmos provérbios.
O resultado foi um livro digital combinando o texto original produzido pelos alunos e as ilustrações, disponíveis através do ‘Storybird’.
Os primeiros exemplares impressos dos livros foram entregues à Escola do First Portuguese e à Escola Novos Horizontes, escolas criadas pela comunidade portuguesa de Toronto.
Mas houve uma segunda impressão, de 20 livros, apenas possível graças aos apoios do Departamento de Espanhol e de Português, da Coordenação de Ensino do Português no Canadá/Camões, I.P., da Academia do Bacalhau de Toronto e da Angolan Community of Ontario.
Os livros desta segunda impressão foram destinados a escolas de português em Angola e em Cabo Verde.
Os dez exemplares destinados a Cabo Verde foram entregues, em junho, pela professora Anabela Rato a responsáveis da Escola Portuguesa do Mindelo. Em troca, estes enviaram aos alunos de português da Universidade de Toronto, um exemplar do livro ‘Dez dedos, dez segredos’, como estratégia no desenvolvimento da língua portuguesa. Os outros dez exemplares chegarão a Angola por intermédio do Camões, I.P.
Luciana Graça, professora do curso e leitora do Camões, I.P., defende que este projeto em particular é “uma poderosa ferramenta não só para estimular o conhecimento dos alunos a nível cultural como também para o próprio desenvolvimento das suas capacidades de escrita”.
Já Anabela Rato diz que estes projetos de cariz cultural pretendem, sobretudo, “criar consciência e interesse sobre os aspetos culturais do mundo de língua portuguesa e desenvolver a capacidade de comunicar em português”.
Para mais informações sobre o programa de Português na Universidade de Torornto, consultar: https://portugueseuoft.wordpress.com
Ana Grácio Pinto