A sessão está a decorrer no Parlamento Europeu depois dos eurodeputados exigirem que o líder da rede social explicasse pessoalmente a utilização de dados pessoais dos milhões de utilizadores.
O Presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, abriu a sessão explicando os desafios que a gestão de dados traz, com a digitalização e o peso das redes sociais, mas lembrou também a entrada em efeito do Regulamento Geral de Proteção de Dados, e o seu enquadramento.
“A Europa e o mundo inteiro já estão sob ataco, porque os nossos valores são ofendidos no social media com conteúdos xenófobos e violentos”, afirmou Antonio Tajani.
Mark Zuckerberg começou a sua intervenção sublinhando que “os europeus são uma parte importante da nossa comunidade global, e os valores que defendem são também os nossos valores”.
É a terceira vez que Mark Zuckerberg é o ouvido por um órgão de soberania depois do caso Cambridge Analytica. A 10 e 11 de abril falou no senado e câmara dos representantes norte-americanos e à semelhança do que já tinha feito no Senado norte-americano, Zuckerberg admite que não conseguiram fazer o suficiente para proteger os dados, e evitar o uso indevido, ou a disseminação de Fake News. E voltou a pedir desculpa por isso.
O fundador do Facebook lembrou o que a rede está a fazer para intervir em situações de violência e terrorismo, mas também o que está a fazer para dar mais controle aos utilizadores, com mais transparência sobre a forma como partilham os dados, lembrando ainda que continua a investigar a forma como as aplicações externas estão a usar a informação. “Até agora investigámos milhares de aplicações e já bloqueamos cerca de 200”, justificou.
A reunião está a ser transmitido em direto no site oficial do Parlamento e na página de Facebook de Antonio Tajani.