Onze casos de infeção por ‘legionella’ foram já diagnosticados com ligação ao surto no hospital CUF Descobertas, em Lisboa.
A informação foi hoje divulgada num comunicado da Direção-geral da Saúde (DGS). O anterior balanço, feito hoje de manhã, dava conta de sete casos.
O primeiro caso foi diagnosticado na madrugada de sábado, dia 27, e o segundo durante a tarde do mesmo dia.
São agora 11 os doentes, oito mulheres e três homens, sendo que dois deles se encontram internados em cuidados intensivos. Dos onze casos, nove têm idade superiores a 50 anos.
No dia 28 o diretor clínico adjunto do hospital CUF Descobertas assegurava que foram efetuados todos os tratamentos necessários para resolver uma possível contaminação com a doença dos legionários naquela unidade de saúde.
Paulo Gomes admitia ainda, em conferência de imprensa, que as águas quentes sanitárias poderiam ser a origem dos casos diagnosticados com doença dos legionários na unidade, embora sublinhasse que ainda não existe confirmação que a origem fosse no hospital.
Chuveiros são fonte provável
Entretanto, numa conferência de imprensa realizada ontem, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, revelava que os chuveiros ou as torneiras são a origem mais provável do surto de ‘legionella’ no Hospital Cuf Descobertas.
A bactéria ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.
A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.
A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.