O objetivo do executivo de Lagos é valorizar a produção vitivinícola, incrementar o espírito associativo e o trabalho em rede no setor e promover a economia em volta do vinho.
A adesão de Lagos à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) vai permitir ainda estabelecer parcerias “entre diferentes setores económicos, nomeadamente com o turismo”, destaca o executivo autárquico numa nota à imprensa.
No debate que antecedeu a deliberação, Maria Joaquina Matos, presidente do município, relembrou a mais-valia que representa a geminação com Torres Vedras, a capital portuguesa do vinho, salientando que, apesar de em Lagos não existirem tantos produtores como naquele concelho, os que puderem agarrar esta oportunidade de “dar um contributo acrescido à promoção da produção vitivinícola do concelho, serão muito bem-vindos”.
Antes da apresentação da proposta de adesão à AMPV, o executivo autárquico reuniu-se com os produtores de vinho sedeados no concelho de Lagos e registados na Comissão Vitivinícola do Algarve com vinhos de Indicação Geográfico Protegida (IGP) e Denominação de Origem Controlada (DOC).
A AMPV tem atualmente 79 municípios associados, entre os quais três do Algarve – Albufeira, Lagoa e Silves -, a que se junta agora o município de Lagos.
A área geográfica correspondente à Denominação de Origem Controlada ‘Lagos’ abrange os concelhos de Aljezur (parte das freguesias de Aljezur, Bordeira e Odeceixe), Vila do Bispo (freguesias de Raposeira, Sagres e Vila do Bispo e parte das freguesias de Barão de São Miguel e Budens) e Lagos (freguesias de Luz, Santa Maria e São Sebastião e parte das freguesias de Barão de São João, Bensafrim e Odiáxere).
Produz vinhos tintos e brancos. Os tintos são caracterizados como “aveludados, pouco encorpados, com aroma frutado e pouco acídulos e quentes, abertos de cor, apresentando um tom rubi que, com o envelhecimento, adquire o tom topázio”.
Já os brancos “presentam uma cor entre o citrino e o palha, sendo delicados e suaves com um travo característico duma zona quente”.