O Iscte – Instituto Universitário de Lisboa lançou hoje um programa que pretende ser um contributo na resolução de problemas de saúde pública “numa perspetiva multidisciplinar e abrangente”, refere a instituição de ensino numa nota enviada ao ‘Mundo Português’.
O lançamento do Iscte-Saúde foi assinalado com a publicação do primeiro Caderno sobre Saúde Societal, que reúne um conjunto de reflexões críticas sobre a saúde e a sociedade na era Covid-19.
Um projeto de formação em Saúde Digital, o lançamento de novos cursos na área da saúde e desenvolvimento de parcerias com a indústria, projetos de desenvolvimento de soluções digitais para a autogestão de doenças crónicas com associações de doentes e investigação interdisciplinar, por exemplo, no domínio da literacia do cancro, são alguns dos projetos em desenvolvimento no âmbito do Iscte-Saúde para 2020-2021.
“Hoje, enfrentar a complexidade dos problemas de saúde pública requer o contributo de todas as disciplinas e áreas científicas, com abordagens multidisciplinares abrangentes. No futuro, a resolução dos problemas de saúde exigirá ainda mais: mais pluridisciplinaridade, mais digital, mais participação dos cidadãos, mais perspetiva global, mais foco no bem-estar”, sublinha a reitora do Iscte.
Maria de Lurdes Rodrigues acrescenta que o instituto “afirma o seu contributo neste domínio com a mobilização dos recursos e competência alargados e plurais que possui”.
O Iscte tem centros de investigação e departamentos com um forte historial de projetos, publicações e formações na área da saúde, com mais de 800 teses de mestrado e doutoramento relacionadas com este sector.
Este novo programa centra-se numa “abordagem de Saúde Societal, em que os problemas da saúde e da doença são vistos na perspetiva das pessoas envolvidas – doentes, cidadãos, profissionais e as organizações da saúde – e as soluções passam pelo envolvimento de todos os atores sociais”, explica na mesma nota, aquele instituto superior de ensino.
Engloba áreas distintas como a psicologia, a sociologia, ciências da comunicação, tecnologias digitais e redes, para além de saberes nos setores da gestão, estratégia, logística e gestão de recursos humanos, e políticas públicas e serviço social. “Todas elas essenciais para a resolução dos problemas de saúde que o país enfrenta”, destaca o Iscte.
O projeto é coordenado pela presidente do conselho científico do Iscte, Maria Luísa Lima, com apoio do perito Henrique Martins, uma equipa nuclear de dez docentes dedicados, e que integra já mais de 40 docentes e investigadores associados de todas as áreas científicas da universidade.