O Governo venezuelano atribuiu hoje o apagão que ocorreu no país no domingo a um “ataque eletromagnético” contra o sistema hidroelétrico, enquanto a energia começa a ser restaurada em alguns pontos da Venezuela.
O ministro das Comunicações venezuelano, Jorge Rodriguez, leu hoje um comunicado aos meios de comunicação social, no qual afirmou que as autoridades estão a trabalhar para restaurar o serviço o mais rápido possível.
Jorge Rodriguez pediu calma à população e disse que os planos de contingência foram ativados para que as instalações médicas não sejam afetadas. O ministro declarou ainda que as forças de segurança também estão a ser mobilizadas para garantir a segurança das pessoas.
Em março, as autoridades atribuíram uma interrupção de quase uma semana em toda a Venezuela a um ataque eletromagnético patrocinado pelos Estados Unidos contra a hidroelétrica de Guri, fonte de cerca de 80% da eletricidade do país.
Entretanto, os opositores do Governo demonstraram que há anos existe uma falta de investimento nas infraestruturas do país, devido aos funcionários corruptos, que também administraram mal os dividendos provenientes do petróleo do país, que esta entre as maiores reservas do mundo.
Milhões de venezuelanos ficaram sem eletricidade a partir das 16:40 (21:40 de segunda-feira em Lisboa) de domingo.
A Venezuela começou hoje a recuperar gradualmente a energia, cerca de sete horas depois do quinto apagão do ano ter deixado às escuras pelo menos 16 dos 24 estados do país sul-americano.
Poucos minutos antes da meia-noite (05:00 em Lisboa), a eletricidade começou a ser parcialmente restaurada em Caracas, assim como nos estados de Nueva Esparta, Bolívar, Táchira, Lara e Anzoátegui, informou o Governo.
Para ajudar a restaurar a luz em todos os estados, o executivo decidiu suspender hoje as atividades escolares e laborais.
“Atenção! Para auxiliar no processo de reconexão do serviço elétrico nacional, as atividades laborais e escolares estão suspensas na terça-feira (hoje), 23 de julho”, informou o ministro da Comunicação venezuelano na rede social Twitter.
“A menos que algo urgente o exija, recomendamos que fiquem em casa”, acrescentou.
O presidente do parlamento e líder da oposição, Juan Guaidó, culpou o executivo pelo fracasso na gestão da eletricidade, área que é controlada pelos militares há uma década, quando os apagões começaram a ser frequentes.