O Governo português está a aconselhar os viajantes a evitarem a permanência em várias zonas da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, afetadas por ataques atribuídos a “um movimento insurgente de matriz islâmica”, restringindo as deslocações ao imprescindível.
O aviso aos viajantes portugueses foi atualizado no portal da Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Segundo o aviso, “a instabilidade e insegurança” na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, “impõem cuidados de segurança adicionais”, uma vez que “têm sido noticiados vários ataques e incidentes graves” na região, nomeadamente nos distritos de Mocímboa da Praia, Macomia, Palma, Nangade, Quissanga e Pemba.
Os ataques são “alegadamente praticados por um movimento insurgente de matriz islâmica”.
Face a este cenário, é desaconselhada “a permanência nas áreas mais afetadas” e recomendado que “as deslocações se limitem ao imprescindível”, devendo, em caso de dúvida, “ser estabelecido um contacto com as entidades consulares”.
A vila de Mocímboa da Praia e aldeias do meio rural da província de Cabo Delgado têm sido alvo de ataques de grupos armados desde outubro de 2017, causando um número indeterminado de mortes e deslocados.
Um estudo divulgado recentemente em Maputo aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.
Na terça-feira, residentes e autoridades locais disseram à Lusa que grupos armados que têm atacado aldeias no norte de Moçambique, provocando vários mortos, eram suspeitos de ter assassinado mais três pessoas.
Governo português desaconselha permanência em zonas do norte de Moçambique
