O Bairro da Restauração é uma das novidades da 626.ª Feira de São Mateus, de Viseu, com o objetivo de permitir saborear a gastronomia em ambientes mais confortáveis e atrativos, mas com mais sustentabilidade ambiental.
Durante a cerimónia de apresentação da 626.ª edição do certame, que se realizará de 09 de agosto a 16 de setembro, o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, congratulou-se com o projeto do novo bairro.
“O salto qualitativo nestas infraestruturas era reclamado pelo público há vários anos e este é um passo fundamental para a atratividade dos espaços e para a qualidade do serviço”, considerou.
O Bairro da Restauração terá quatro restaurantes de grande dimensão e outros tantos de média dimensão, com vista privilegiada para o Picadeiro (a avenida central).
Almeida Henriques avançou que a edição deste ano contará também com uma inovação ao nível da sustentabilidade ambiental, uma vez que será introduzida a obrigatoriedade de copos reutilizáveis, permitindo eliminar mais de 263 mil copos de plástico.
Depois de, no ano passado, ter alcançado 1,2 milhões de entradas, a organização da Feira de S. Mateus propõe mais de 200 pretextos para os 39 dias do certame, num recinto de 75 mil metros quadrados.
Muitos deles estão relacionados com a valorização das tradições, uma vez que este ano Viseu se assumiu como Cidade Europeia do Folclore. Este ano tem o mote “Reencontra-te em Viseu e estão previstos concertos, espetáculos, folclore, artesanato, diversões, concursos e dias temáticos, que acontecem numa área de 75 mil metros quadrados de recinto.
Hoje, foi apresentado um novo pacote de protagonistas que atuarão no Palco Santander, nomeadamente Amor Electro, Raquel Tavares, Calema, Paulo Sousa, o espetáculo da dupla de Bruno Nogueira e Manuela Azevedo “Deixem o Pimba em Paz”, ABBA Gold e o espetáculo infantil Ruca.
Para uma aproximação ao público jovem, a organização convidou três bandas ‘indie’: Golden Slumbers, PAUS e Orelha Negra.
Almeida Henriques saudou os jovens do Coro Mozart que atuaram durante a apresentação, aguçando o apetite para a noite de abertura da feira.
O autarca salientou que, ainda que esteja previsto “um cartaz de relevância nacional e até internacional”, a feira “será sempre um palco para os talentos de Viseu”.
Entre as vozes da região que se vão ouvir estão Sérgio Lucas, Carlos Peninha, Vox Visio e Tilhon.
Almeida Henriques salientou que “todos os grupos etnográficos, de danças e cantares do concelho” foram convidados a marcar presença na feira, para além de outros oriundos de outras partes do país e do mundo.
O palco #viseufolk, na Praça de Viriato, será o local de apresentação de mais de 39 grupos folclóricos.
Segundo Almeida Henriques, este ano “o orçamento de organização da Feira de São Mateus ascende a 1,8 milhões de euros”, sem comparticipação de fundos comunitários ou financiamento municipal.
Está confirmada a presença de 230 expositores, 47% dos quais provenientes do distrito de Viseu.
A pensar nos expositores e também nas famílias da região, em 2017 foram instituídos os “domingos francos” (de entrada gratuita) na feira.
Atividades temáticas como o Dia de Viriato, o Concurso dos Vestidos de Chita, o Festival Internacional de Folclore, as gincanas e os passeios de veículos históricos motorizados regressam e têm lugar aos domingos.
Almeida Henriques lembrou um estudo feito há uns anos, segundo o qual o volume económico direto gerado pela feira é superior a 44 milhões de euros, aos quais se somam mais 6,5 milhões de negócios na cidade de Viseu.
De acordo com o estudo, o certame gera mil empregos, 200 dos quais diretos, e perto de metade das entradas na feira são de visitantes de fora do concelho e da região.
“O salto que registámos em número de visitantes e no próprio orçamento da Feira de São Mateus justificam hoje um novo estudo económico, de impactos e de satisfação”, considerou, anunciando que será feito este ano, para ver qual foi “o salto” dado, entretanto.
Jorge Sobrado, vereador da Cultura e Turismo da autarquia, que é também o gestor da Feira de São Mateus, disse que o certame “é e quer ser o evento popular histórico de referência no país”.
Segundo Jorge Sobrado, “é como evento cultural vibrante e para todos, sem complexos, e como uma lenda viva com 626 anos de história, que a feira parte ao reencontro de mais portugueses, dos turistas espanhóis e de mais visitantes”.
“Não há revoluções na feira, mas há boas reformas, por vezes para inovar, outras vezes para restituir o que já fomos”, frisou.
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