Os estudantes dos anos clínicos do curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar vão participar, como voluntários, na prestação de cuidados de saúde em duas unidades destinadas a idosos do concelho, informa Universidade do Porto (U.Porto).
A iniciativa resulta de um protocolo assinado entre o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da U.Porto e a Câmara Municipal da Maia.
Os estudantes que frequentam os anos clínicos do Mestrado Integrado em Medicina do ICBAS (sexto ano de Medicina) foram chamados a voluntariar-se em zonas de concentração e apoio à população, “criadas para travar a propagação do novo coronavírus naquele concelho”, explica uma nota da U.Porto.
Em causa estão o Centro de Acolhimento ‘Covid Negativo’, que funciona a partir de hoje na escola EB 2-3 de Gueifães e que poderá acolher até 150 idosos sem retaguarda familiar ou institucional que não sofram de doença infetocontagiosa, indicou a autarquia local.
O outro é o hotel que acolhe idosos infetados com Covid-19 do concelho da Maia e está a funcionar como um hospital de campanha enquanto os lares onde residem são higienizados.
Os estudantes vão trabalhar com médicos e enfermeiros do Agrupamento de Centros de Saúde do Grande Porto III (ACES Maia – Valongo), responsáveis pelo funcionamento das zonas de concentração e apoio à população.
João Mendes da Silva, presidente da Associação de Estudantes do ICBAS, assegura que os estudantes estão motivados para ajudar.
“É reconfortante perceber que a direção identifica formas que possibilitem a participação dos alunos na resposta a esta ameaça. A verdade é que como futuros profissionais de saúde sentimos a responsabilidade de contribuir de forma ativa para a solução, portanto será certamente uma iniciativa bastante participada pela comunidade de Biomédicas”, afirma.
Para o diretor do ICBAS também destaca a iniciativa, afirmando que todos ficam a ganhar, já que “a participação dos nossos estudantes será muito vantajosa para as unidades de saúde onde vão colaborar, mas também para os próprios estudantes, que, com esta vivência, vão valorizar a sua formação clínica e humanitária, constituindo um património pessoal diferenciador”.