O Juiz do Supremo Tribunal espanhol, não desiste do caso Puidgemont e confrontado com uma decisão adversa da justiça alemã, vai agora dirigir ao Tribunal de Justiça da União Europeia, com sede no Luxemburgo um pedido de esclarecimento a fim de se determinar se os juízes alemães teriam aplicado bem a ordem europeia de detenção.
Ao aceitar a fiança de Puidgemont o tribunal alemão revela alguma cautela, abrandando uma decisão eventualmente mais dura, até para se defender de um dado novo surgido já esta semana. As autoridades Belgas estão a investigar o facto de Carlos Puidgemont ter sido detido, graças a um dispositivo de geo-localização, o que sendo ilegal, tornaria de imediato aquele processo também ilegal.
Por outro lado a justiça alemã sente algum embaraço pelo facto da extradição poder custar 12 anos de prisão a Puidgemont, não tendo as provas apresentadas um carácter objetivo (responsabilidade objetiva nas vítimas das rebeliões) como pretende e defende o estado espanhol.
O tempo torna-se escasso e por isso o estado espanhol tem agora mais pressa e tenta pressionar mais a justiça alemã, que se decidiu não entregar Puidgemont pelo crime de rebelião, ficando desde logo também impossibilitada de o poder julgar por esse delito. Por isso encontrar um erro processual na decisão alemã, parece por agora a única opção da acusação de Madrid. Mas isso só o tribunal Europeu poderá vir a decidir.