A cidade da Praia, em Cabo Verde, acolhe durante quatro dias o encontro das escolas portuguesas no estrangeiro, para debater o futuro do ensino da língua.
Nas escolas portuguesas no estrangeiro estudam 6.000 alunos de várias nacionalidades e lecionam 500 professores.
Responsáveis destes estabelecimentos de ensino vão reunir-se entre sábado e terça-feira na capital de Cabo Verde, para debater o futuro do ensino da língua e cultura portuguesas.
Com o tema ‘Língua Portuguesa e os Desafios do Futuro’, o encontro é uma iniciativa da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) e da Escola Portuguesa de Cabo Verde – Centro de Ensino e da Língua Portuguesa (EPCV-CELP), estando prevista a presença de escolas portuguesas na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Região Administrativa Especial de Macau.
Segundo os organizadores, trata-se de “uma oportunidade para conhecer e divulgar as escolas portuguesas no estrangeiro, os seus projetos e as suas áreas de intervenção, quer nos domínios do ensino e da formação quer ainda no setor da cooperação com os países onde estão sediadas”.
No segundo dia do encontro, domingo, assinala-se o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, que evoca “a importância da língua, a sua difusão e promoção”, recordam os promotores do evento.
Ao longo de quatro dias, vão realizar-se nas instalações da Escola Portuguesa em Cabo Verde, na cidade da Praia, conferências, painéis, apresentação de comunicações e momentos de reflexão e partilha.
O ministro da Educação português, Tiago Brandão Rodrigues, que estará presente na cerimónia de encerramento do encontro, destaca o “ensino de qualidade” que estas escolas proporcionam, mantendo as “mesmas orientações educativas, pedagógicas, didáticas, científicas que as escolas no território nacional”.
Estas escolas, referiu Tiago Brandão Rodrigues, “têm como missão a valorização da língua, a valorização e difusão da cultura portuguesa, mas são também uma rede muito relevante para a nossa política educativa, externa, tanto a educativa, mas também a política de cooperação, de negócios e obviamente que são um instrumento fundamental para o aprofundamento das relações de amizade e cooperação, com o conjunto dos países onde estão instaladas”.
As escolas portuguesas no estrangeiro foram criadas no âmbito das relações de amizade e de cooperação no domínio da Educação, através da assinatura de protocolos de cooperação bilateral entre o Estado português e Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor-Leste e a Região Administrativa Especial de Macau (China).
Estes estabelecimentos educativos públicos são frequentados por alunos das mais diversas nacionalidades.