O Governo de Cabo Verde aprovou a atribuição da Medalha de Mérito Altruísta a uma cidadã nacional de 92 anos, emigrante nos Estados Unidos há mais de seis décadas, pela dedicação à comunidade cabo-verdiana naquele país.
De acordo com o despacho do gabinete do primeiro-ministro que aprova a atribuição da distinção, de 20 de setembro e publicado hoje, Maria Luísa Lopes Borges foi viver para New Haven em 1958, destacando-se pela “dedicação à comunidade”, descrita como “fulcral na edificação de uma sociedade inclusiva e solidária, nas ações e serviços prestados a em Cabo Verde e aos que chegam à América”.
“Mima”, como também é conhecida Maria Luísa Lopes Borges, nasceu em 19 de fevereiro de 1927, na ilha de Santiago. Foi viver para o estado norte-americano do Connecticut, com o marido, há 61 anos.
“Em 1971, com o trágico acidente do marido que abalou toda a família, para superar as dificuldades trabalhou incansavelmente à noite em vários empregos”, recorda a mesma resolução governamental.
Para justificar a atribuição do galardão, a resolução refere que Maria Luísa Lopes Borges “foi sempre uma missionária da nossa cultura, música, gastronomia e costumes”.
“Mulher avessa à visibilidade e às honrarias, contudo, uma protagonista de momentos extraordinários de dedicação e abnegação para com o próximo”, lê-se ainda na declaração assinada pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
Esta cabo-verdiana de 92 anos é galardoada com o segundo grau da Medalha de Mérito Altruísta pela sua “contribuição de forma notável, genuína e dedicação exemplar para o bem-estar e sucesso às iniciativas e atividades desenvolvidas em Estados Unidos da América, credora do maior respeito e admiração”.
“Há momentos em que importa não deixar morrer esses exemplos. Por um lado, para que a própria sociedade os reconheça. E, por outro, para que as novas gerações conheçam e se revejam nesses exemplos”, lê-se ainda.