‘O Sudário’, uma obra originalmente concebida por Cristina Rodrigues para exposição na Bienal de Arte de Colombo, no Sri Lanka, ficará até ao final do ano nos claustros da Pousada de Viseu.
‘O Sudário’ éuma instalação têxtil de Cristina Rodrigues, constituída por 12 peças, e que tem a marca do linho de Várzea de Calde, freguesia do concelho de Viseu.
A obra vai agora ficar em exposição na da Pousada de Viseu. É a primeira vez que ‘O Sudário’ será exposto na íntegra e em Portugal.
‘O Sudário’, uma obra originalmente concebida para exposição na Bienal de Arte de Colombo, no Sri Lanka, ficará até ao final do ano nos claustros da Pousada de Viseu.
“Foi o único lugar que encontrámos com todas as características para a exibição da obra: interior, protegido, com capacidade para exibir as 12 peças e também com todas as garantias de segurança e salvaguarda da criação”, justificou à agência Lusa o vereador da Cultura na Câmara de Viseu, Jorge Sobrado.
A obra de Cristina Rodrigues é inspirada no ‘Sudário de Turim’ – que terá sido utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após a sua crucificação.
A instalação artística valoriza a tradição milenar do linho artesanal de Várzea da Calde na sua composição e a comunidade de mulheres responsável pela sua produção.
“No ano em que promovemos o folclore como bandeira cultural na região e em Portugal, quisemos muito que esta criação, que faz ressonância dessa cultura tradicional e popular, pudesse ser exposta integralmente”, frisou Jorge Sobrado.
Segundo o vereador, a instalação será retirada dos claustros da Pousada de Viseu de 11 a 17 de junho, por motivos técnicos. “Quisemos aproveitar a presença da artista em Portugal. Há um interregno do 11 a 17 de junho, mas depois a obra estará patente até ao final do ano”, explicou, acrescentando que, em 2019, “já há um compromisso de circulação de ‘O Sudário’ na Alemanha, em Berlim”.
Jorge Sobrado considerou que “O Sudário” é “quase um embaixador de Viseu no mundo, em particular, embaixador de uma cultura milenar muito singular de Viseu, que é a cultura do linho de Várzea de Calde”.
“Várzea de Calde mantém todo o ciclo integral do cultivo e da transformação do linho segundo métodos artesanais e é também uma cultura no feminino”, frisou, acrescentando que se trata de “um forte emblema do papel da mulher na cultura e na economia local”.