O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu para 362 depois de 56 pessoas terem morrido na China e uma nas Filipinas.
No seu balanço diário, a comissão de saúde de Hubei, província onde se situa Wuhan, a cidade onde começou o contágio, afirmou que foram registados 2.829 novos casos de infeção no surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus.
Desde dezembro já surgiram 17.205 casos em toda a China da doença que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar uma emergência mundial e que já se espalhou a 20 países.
No domingo, morreu a primeira pessoa infetada fora da China: um chinês de 44 anos, natural de Wuhan morreu nas Filipinas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países.
A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Um avião da Força Aérea Portuguesa transportou no domingo para Lisboa um grupo de 20 pessoas – que incluem dois diplomatas portugueses em serviço na China e duas cidadãs brasileiras – retiradas da cidade chinesa de Wuhan, foco do novo coronavírus.
No avião de transporte C-130 da Força Aérea Portuguesa, as pessoas que decidiram sair de Wuhan, foram acompanhadas por oito tripulantes e oito profissionais de saúde, incluindo uma equipa de sanidade internacional.
Ontem, a ministra da Saúde afirmou que as 20 pessoas iriam ficar em isolamento e fazer análises para despistar o novo coronavírus, cujos resultados serão apresentados “nas próximas horas”.
Em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, Marta Temido, ladeada por outros responsáveis políticos e sanitários, informou que as análises serão feitas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e adiantou que todos os repatriados concordaram em seguir o protocolo do “isolamento profilático”, para o qual existem 13 quartos no Hospital Pulido Valente e 10 no Parque da Saúde de Lisboa.
A ministra realçou que, “à partida, essas pessoas não estão doentes” com o novo coronavírus que começou a propagar-se a partir da China, em dezembro.
Os 20 repatriados serão visitados duas vezes por dia por uma equipa de sanidade internacional, composta por dois médicos de saúde pública. Durante o mesmo período, não poderão receber visitas, mesmo que controladas.