Por António Vale (texto e fotografias)
Benfica e FC Porto disputaram nesta quinta-feira um clássico de futebol com “sabor a pouco”, tendo em conta que praticamente se resumiu à discussão pelo acesso direto à Liga dos Campeões, uma vez que o título nacional de futebol parece encaminhar-se a grosso modo para Alvalade.
Este jogo grande da 31.ª jornada da Primeira Liga de Futebol contou com o árbitro Artur Soares Dias, , da Associação de Futebol do Porto, sendo escolhido pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, o qual foi acompanhado pelos árbitros assistentes Rui Licínio e Paulo Soares, o quarto árbitro João Gonçalves, e no videoárbitro (VAR) esteve João Pinheiro, coadjuvado por Tiago Costa. Recorde-se que esta época, Artur Soares Dias esteve também no dérbi da primeira volta entre Sporting e Benfica, no Estádio José Alvalade, em que os Leões venceram por 1-0.
Ao FC Porto convinha a vitória para consolidar o segundo lugar e não deixar fugir o Sporting, rumo ao título de campeão. Ao Benfica convinha unicamente a vitória para se colar a um ponto do FC Porto e esperar que por parte dos Dragões surgisse um empate nos três jogos em falta para terminar o campeonato.
Durante o jogo a equipa de Sérgio Conceição foi melhor ao longo da maior parte do tempo, mas devido ao golo sofrido acabou por correr quase uma hora para anular essa desvantagem.
A equipa das Águias tiveram menos posse de bola, com os azuis e brancos a serem mais agressivos no meio-campo ofensivo e foram poucas as vezes em que o Benfica conseguiu empurrar os visitantes para o seu reduto defensivo.
O FC Porto criou perigo por três vezes nos 20 minutos iniciais, com Luis Díaz (5m) a ensaiar o primeiro remate do jogo, Uribe desperdiçar uma boa oportunidade (9m) e com Taremi a acertar mal na bola já na zona da pequena área.
Embora as melhores oportunidades fossem do FC Porto, foi o Benfica quem inaugurou o marcador. Everton Cebolinha encontrou o espaço certo para colocar a bola fora do alcance de Marchesín e abriu as contas na Luz à passagem do minuto 23.
Na primeira parte o árbitro Soares Dias ainda assinalou uma grande penalidade, quando Pizzi lançou Rafa e o extremo foi carregado por Manafá na área portista, mas a decisão foi revertida pelo VAR, que descortinou um fora de jogo de Rafa.
Na segunda parte, surge uma nova grande penalidade a favor do Benfica que foi igualmente revertida depois de Soares Dias ver as imagens do lance. Poucos minutos depois Uribe não desperdiçou e restabeleceu o empate, aos 74 minutos, após um belo trabalho de João Mário.
Ainda antes do apito final, Pizzi marcou, e deixou o Benfica em festa, mas o VAR anulou o golo por fora de jogo de Darwin Núñez. O empate a uma bola manteve-se até ao final da partida.
Feitas as contas do campeonato, FC Porto e Benfica continuam separados por quatro pontos e o Sporting pode sagrar-se já Campeão da I liga na próxima jornada, no sofá, caso o FC Porto não vença o Farense ou caso vença o Boavista, em Alvalade.