Não restam dúvidas: agora ninguém pára mesmo esta edição do BONS SONS. Depois de um dia de grandes emoções onde não faltou música, com o concerto de abertura pela Orquestra Filarmónica Gafanhense com interpretação de temas das dez edições e o público a cantar em coro na atuação da primeira dupla – Benjamim e Joana Espadinha – em estreia de novo palco e no concerto Diabo na Cruz com a participação de Carlos Guerreiro, dos Gaiteiros de Lisboa e muitos outros concertos, a noite terminou com “Never Ending Story”, pelas mãos de João Melgueira, um prenúncio para os dias que se seguem.
SEX 9
14:00 Cal MPAGDP
14:45 Dada Garbeck Carlos Paredes
15:30 Gator, the Alligator Giacometti-INATEL
16:30 Adélia MPAGDP
17:30 Sallim Giacometti-INATEL
18:30 Afonso Cabral Amália
19:30 Lodo + Peixe Zeca Afonso
21:00 Helder Moutinho Lopes-Graça
22:15 Paraguaii António Variações
23:30 First Breath After Coma + Noiserv Zeca Afonso
00:45 Budda Power Blues & Maria João Lopes-Graça
02:00 Scúru Fitchádu António Variações
03:00 DJ Narciso Aguardela
O segundo dia do BONS SONS começou às 14:00 e o festival encheu-se logo com as vozes de Inês Graça e Carlos Norton, mais conhecidos como Cal, dupla que recorre apenas às suas cordas vocais, com loops e efeitos, para criar uma panóplia de músicas originais.
No mesmo palco MPAGDP, às 16:30, destaca-se outro duo, Ana Correia e Tânia Pires, que juntas formam Adélia, projeto no qual, através do canto e de vários instrumentos, prestam homenagem a Adélia Garcia, às suas músicas e a todas as trabalhadoras de lenço na cabeça espalhadas pelo país fora.
Dada Garbeck, alter ego de Rui Souza, constrói músicas às camadas com sintetizadores e loops enquanto que os Gator, the Alligator nos hipnotizam com as suas descargas elétricas em formas de ondas sonoras, num concerto que surge como prémio por terem sido a banda portuguesa mais bem classificada no Festival Termómetro deste ano.
Diretamente vinda da Cafetra Records, Sallim encanta o BONS SONS às 17:30 no palco Giacometti – INATEL com a sua voz clara e as suas músicas melancólicas que nos fazem viajar pela sua vida.
A tarde terminou com duas atuações de relevo: Afonso Cabral, vocalista dos You Can’t Win Charlie Brown, que se estreia a solo no BONS SONS, apresentando o seu primeiro disco; e Lodo + Peixe, onde a banda de post-rock instrumental nascida em Cem Soldos junta os seus riffs vibrantes aos sons de guitarra clássica de Peixe – Pedro Cardoso, membro fundador dos Ornatos Violeta.
A noite é marcada pela voz do fadista de culto Helder Moutinho, os sons de guitarras e baixos distorcidos com veia eletrónica dos Paraguaii e a junção First Breath After Coma + Noiserv, onde a música da banda de Leiria que recentemente lançou o álbum visual NU se junta à variedade sonora do homem-orquestra que é David Santos.
E ainda há tempo para mais! Budda Power Blues & Maria João sobem ao palco Lopes-Graça às 00:45, aliando aquela que é considerada das mais importantes bandas de blues nacional e a cantora de jazz com 34 anos de carreira com a qual criaram o disco “Blues Experience”. Segue-se Scúru Fitchádu no palco António Variações às 2:00 e os batimentos cardíacos aceleram com as suas linhas de baixo distorcidas, baterias aceleradas e o noise que caracterizam a música de Marcus Veiga.
Claro que a noite de sexta-feira não termina aqui e o DJ Narcisco espalha as suas melodias vibrantes e batidas metálicas ao longo da noite para ninguém perder as energias com aquela que é a presença que tem marcado as noites Príncipe.
ATIVIDADES PARALELAS
Os concertos começam no início da tarde mas logo pela manhã há muitas atividades que são uma parte crucial daquilo que faz o BONS SONS um festival especial.
As sessões de música para famílias continuam assim como as atividades em roda do Burro de Miranda e surge a primeira sessão de Música para Grávidas que marca um momento muito especial para todos aqueles que aguardam o nascimento de um bebé.
Enquanto é reposta a história encenada Portuguesas Inesquecíveis, de Cláudia Gaiolas, assim como a performance Volta a Portugal em Coreto, por Tiago Madaleno, e Uma Árvore no Largo, documentário de Cátia Santos e Tomás Quitério sobre o BONS SONS, ambientes, missões e pelas pessoas que dele fazem parte. É às 23:00 no Palco António Variações.
Acontece a estreia no BONS SONS do espetáculo de dança Danza Ricercata, de Ta?nia Carvalho, em parceria com o Festival Materiais Diversos, na qual se testam os conceitos de improviso e dança coreografada. Tudo acontece com um único piano em palco, um compositor, uma música, uma pianista, uma coreógrafa e uma bailarina.
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