Oliveira de Azemeis espera por uma ambulância de suporte de vida que lhe foi prometida pelo governo em 2017. O BE criticou recentemente o Governo por ainda não ter disponibilizado ao Hospital de Oliveira de Azeméis a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) que está legalmente obrigado a afetar-lhe e que continua por atribuir desde 2017.
A administração do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga, que tutela esse hospital, afirma que a sua “única responsabilidade é disponibilizar os profissionais de saúde para serviço na viatura, concretamente enfermeiros”, e informa que já deu formação específica à equipa selecionada para o efeito, pelo que esses “profissionais “estão prontos para integrar a ambulância SIV” logo que essa seja disponibilizada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Fonte oficial do INEM confirma que, ao abrigo do Despacho n.º 5561/2014 de 23 de abril, os serviços de urgência básica como os disponíveis no Hospital de Oliveira de Azeméis “devem integrar uma ambulância SIV” e que “continua a ser pretensão” do instituto viabilizar essa medida, mas atribui o atraso no processo à falta de pessoal.
“O plano de abertura de novos meios do INEM perspetiva seis novas ambulâncias SIV, incluindo a de Oliveira de Azeméis. No entanto, a abertura desses novos meios não depende exclusivamente do INEM – entre outros fatores, é necessária a contratação de recursos humanos que, no caso das ambulâncias SIV, são enfermeiros e técnicos de emergência pré-hospitalar”, informa.
O BE recorda que, apesar de a entrada em funcionamento dessa viatura “ter sido prevista pelo INEM para o ano de 2017, nada voltou a acontecer” e “a razão passará pela falta de profissionais” nessa estrutura, o que leva a que “haja dificuldades em garantir a operacionalidade dos meios já existentes e tem tornado quase impossível a abertura de novos”.
O deputado Moisés Ferreira, da coordenação distrital de Aveiro do partido, já questionou o Ministério da Saúde sobre o assunto, afirmando: “A abertura deste meio, muito importante para a população e para o Serviço Nacional de Saúde [SNS] na região do Entre o Douro e Vouga, depende unicamente de vontade do Governo. A ambulância SIV deve ser colocada em funcionamento o mais rapidamente possível”.
O partido realça, aliás, que “o Orçamento do Estado para 2019 prevê um aumento de 500 milhões de euros para o SNS, pelo que o Governo tem instrumentos e meios orçamentais para fazer esse investimento”, em vez de continuar a “protelar uma decisão que já devia ter sido tomada há muito”.
A opinião do BE é que a unidade de Azeméis precisa de um reforço generalizado de profissionais e meios, como o partido vem reclamando desde 2016, quando expôs ao Governo “a necessidade de contratar mais médicos internistas” para esse hospital e de disponibilizar esses especialistas “24 horas por dia”, até para apoio ao serviço de urgência.
“Para além disso, a sua presença poderia dar a possibilidade de internar alguns doentes no hospital, evitando-se transferências e deslocações para a Urgência do Hospital São Sebastião [em Santa Maria da Feira]”, nota o partido.
No que se refere especificamente ao INEM, o BE também quer ver essa entidade com mais recursos humanos e propõe para o efeito “um concurso anual que permita o reforço de técnicos de emergência pré-hospitalar, de enfermeiros, psicólogos e médicos”.