A partida dos astronautas para a estação orbital em 3 de dezembro foi motivo de preocupação, pois acontecia após um incidente em meados de outubro que envolveu o russo Alexey Ovchinin e o norte-americano Nick Hague: cerca de dois minutos após a descolagem, a nave espacial Soyuz explodiu e foram forçados a uma aterragem de emergência.

Os dois homens sobreviveram ilesos, mas o incidente, o primeiro desta magnitude na história da Rússia pós-soviética, foi outro golpe para a indústria espacial do país.

Antes da partida para o espaço, Anne McClain, Oleg Kononenko e David Saint-Jacques estavam otimistas e o tom não mudou durante o tempo a bordo da estação orbital, um dos últimos exemplos de cooperação ativa entre Moscovo e países ocidentais.

“Uma bela noite sobre a África para minha última noite na ISS”, observou na rede social Twitter Anne McClain, de 40 anos, que fez duas saídas espaciais durante esta primeira missão.

Enquanto a ISS dava a volta à Terra em cerca de 90 minutos, o seu colega David Saint-Jacques, de 49 anos, foi capaz de maravilhar-se uma última vez com a visão do Canadá antes de voltar para casa: “British Columbia e Nunavik … vou ter saudades dessas grandes paisagens canadianas!”, escreveu também no Twitter o astronauta da Agência Espacial Canadiana (CSA).

David Saint-Jacques, que também realizou a sua primeira missão, ultrapassou o tempo recorde no espaço detido por outro canadiano: 204 dias, contra 187 cumpridos pelo compatriota Robert Thirsk.