O Instituto Regional de Ordenamento Agrário (IROA) apresenta este ano um forte investimento no abastecimento de água às explorações agrícolas que tenham “projetos estruturantes” para uma eficiente gestão daquele recurso natural e para reduzir custos aos agricultores.
A informação foi avançada pelo presidente da IROA, numa conferência de imprensa onde apresentou o plano de atividades e o orçamento.
Na altura, Ricardo Silva fez saber que o investimento do instituto “na última legislatura” (2013-2016) “rondou os 10 milhões de euros” em áreas como o abastecimento de água, caminhos agrícolas, eletrificação de explorações agrícolas, entre outras. “Na atual legislatura” (entre 2017 e 2020), este investimento “passou para 17 milhões de euros”, sublinhou.
“O reforço irá ser substancialmente no abastecimento de água, em que nós aí duplicámos nesta legislatura o esforço financeiro para criar infraestruturas de apoio ao armazenamento, à melhoria das redes e ao abastecimento de água”, disse Ricardo Silva.
O presidente da IROA afirmou estarem previstas até final da atual legislatura “intervenções em todas as ilhas, que aumentam a capacidade de armazenamento, abastecimento direto às explorações e melhoria dos sistemas de captação e adução” e “a redução dos custos dos agricultores”.
Ricardo Silva adiantou ainda que “em breve” serão apresentados “os estudos do estado dos recursos hídricos e a definição de estratégias para os Açores, com especial cuidado nas ilhas do Pico, Graciosa, Santa Maria e São Jorge”.
Este “é um plano de atividades a pensar no futuro, com projetos estruturantes como a captação da descarga da Lagoa das Sete Cidades, em São Miguel, e o aumento da capacidade de armazenamento do complexo das Contendas”, frisou.
Avançou que a cobrança da água agrícola vai estender-se este ano ao Nordeste, São Miguel, para promover “a redução do consumo e para a utilização eficiente e sustentável” deste recurso natural.
“Nós temos um valor baixo. São cerca de 45 cêntimos o metro cúbico de água, acordado também com a Federação Agrícola, e isso está a ser feito na bacia leiteira de Ponta Delgada, em Vila Franca, na zona das Contendas, apanhando o norte da Ribeira Grande, e, este ano, o objetivo será o Nordeste”, explicou.
O presidente da IROA referiu que “o investimento em caminhos agrícolas prosseguirá, estando prevista a construção e reabilitação de mais de 10 quilómetros de caminhos agrícolas”.