João Neves, Secretário de Estado Adjunto e da Economia, visitou a empresa Manulena, em Mira de Aire, no concelho de Porto de Mós. Esteve acompanhado de uma comitiva que integrou o presidente do IAPMEI, Nuno Mangas; a presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, acompanhada de Neusa Magalhães; o presidente do NERLEI António Poças; e os presidentes da Câmara Municipal de Porto de Mós e da Junta Freguesia de Mira de Aire, Jorge Vala e Alcides Oliveira, respetivamente.
A ocasião da visita foi para a Manulena mais uma oportunidade de dar a conhecer o projeto empresarial e as mais recentes apostas e investimentos.
O Secretário de Estado Adjunto e da Economia destacou na empresa a capacidade de “criar valor”, quer pelos produtos desenvolvidos, quer pelos mercados que trabalha. “Partindo de mercados tradicionais, (…) hoje vocês têm um posicionamento, que até resulta da vossa participação nas feiras, no mercado global, à volta dos principais poleiros internacionais nesta área”, disse.
“Há também um valor associado à história e às origens dos produtos e quando eles têm esse valor intrínseco é muito importante que se possa valorizar essa componente da história”, referiu João Neves.”.
28Muito longe do ano 1968, em que o fundador da Manulena, Manuel Pedro Custódio, começou por ir vender, de bicicleta, velas religiosas à Cova da Iria durante nas grandes peregrinações do ano, a Manulena foi ao longo da sua existência apostando em novos produtos e mercados, o que lhe permite no momento atual em tempo de pandemia, manter a laboração sem adesão ao layoff e possibilitar a contratação temporária, para dar resposta às encomendas, de mais dez funcionários, a somar aos cerca de 80 permanentes da empresa.
“Fizemos a diversificação das velas religiosas, para as perfumadas, as decorativas e os difusores. Mais recentemente, começamos a desenvolver a área da cosmética, com as velas de massagem”, sublinhou Pedro Custódio, referindo ainda que, logo após o início da pandemia, a empresa reforçou o investimento na área dos produtos de saúde, como o álcool-gel.
É confiada à Manulena a produção de velas e produtos de cosmética das grandes marcas nacionais de distribuição e as internacionais. A empresa produz também para marcas de luxo e com acordos de confidencialidade (private label).
Em termos de projetos futuros, a Manulena estuda a possibilidade de um investimento na ordem dos 400 mil euros, na área da cosmética e saúde. “A avançar será ainda durante de 2020”, anuncia Pedro Custódio, CEO da Manulena.
A empresa teve em 2019 um volume de negócios de 4.7 milhões de euros. Apesar da quebra nalgumas áreas de produção ao longo do corrente ano, como na da comercialização de velas religiosas – “Fátima está parada”, referiu Pedro Custódio – a empresa tende a manter em 2020 o mesmo volume de negócios do ano transato.
A diversificação de produtos e mercados e o investimento em áreas adjacentes mas que servem a produção principal são objetivos da empresa. “Estamos no caminho certo, no caminho da diversificação, que nos permite hoje estarmos relativamente bem”, refere Pedro Custódio.
Há um ano e meio, a Manulena abriu uma área de produção especializada para servir as outras unidades da empresa e dar resposta às exigências dos clientes: a área da Pintura e Serigrafia. Ainda durante este período, investiu no rebranding, mantendo a designação inicial, “MANULENA”, junção dos nomes do casal-fundador, Manuel e Madalena. Em tempo de pandemia, a empresa iniciou as vendas online dos seus produtos e marcas, com bons resultados obtidos.