A paralisia cerebral é parcialmente evitável através de vacinação da mãe e de cuidados de segurança no sentido de evitar lesões cerebrais nas crianças.
Paralisia cerebral (PC) caracteriza-se por distúrbios do movimento permanentes que surge durante o início da infância. Os sinais e sintomas variam entre pessoas. Os sintomas mais frequentes incluem má coordenação motora, rigidez muscular, fraqueza muscular e tremores. Podem também verificar-se dificuldades a nível dos sentidos, visão, audição, deglutição e fala. É frequente que os bebés com paralisia cerebral não rebolem, se sentem, gatinhem ou caminhem tão cedo como outras crianças da mesma idade. Em cerca de um terço das pessoas com PC verificam-se dificuldades na ao nível da cognição e convulsões epilépticas. Embora os sintomas se possam tornar mais visíveis ao longo dos primeiros anos de vida, os problemas que estão na sua origem não se agravam com o tempo.
A paralisia cerebral é causada pelo desenvolvimento anormal ou lesões nas partes do cérebro que controlam o movimento, equilíbrio e postura. Na maior parte dos casos estes problemas ocorrem durante a gravidez. No entanto, podem também ocorrer durante o parto ou imediatamente após o parto. Muitas vezes a causa é desconhecida. Entre os fatores de risco estão, entre outros, o parto prematuro, a ocorrência de gémeos, algumas infeções durante a gravidez como a toxoplasmose ou rubéola congénita, a exposição a mercúrio durante a gravidez, complicações no parto e traumatismo craniano durante os primeiros anos de vida. Acredita-se que cerca de 2% dos casos se devam a causas genéticas hereditárias. Alguns sub-tipos são classificados de acordo com os problemas específicos que se manifestam. O diagnóstico tem por base o desenvolvimento da criança ao longo do tempo. É possível o recurso a análises ao sangue e imagiologia médica para descartar outras possíveis causas.
Vacinação pode ajudar a prevenir
A paralisia cerebral é parcialmente evitável através de vacinação da mãe e de cuidados de segurança no sentido de evitar lesões cerebrais nas crianças. Não existe cura para a doença.
No entanto, os existem tratamentos de apoio, medicação e cirurgia que podem ajudar a aliviar os sintomas. Entre estes estão a fisioterapia, terapia ocupacional e terapia da fala. Entre as opções cirúrgicas estão o alongamento muscular e o corte de nervos hiperativos. Pode ser ainda possível o recurso a próteses e outras tecnologias de apoio. Com tratamento adequado, algumas crianças afetadas conseguem alcançar em adultos uma qualidade de vida próxima do normal. Embora seja comum o recurso a medicina alternativa, não há evidências que apoiem a sua eficácia.
A paralisia cerebral é o distúrbio de movimento mais comum em crianças, afetando cerca de 2,1 em cada 1000 nados-vivos. Ao longo da História, têm sido documentados inúmeros casos de paralisia cerebral.
Estão atualmente a ser investigados uma séria de potenciais tratamentos, entre os quais a terapia com células estaminais. No entanto, é ainda necessário aprofundar a investigação de modo a determinar a sua eficácia e segurança.
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