De 6 a 8 de março, cerca de 1.700 importadores vindos de 110 países e 500 empresas nacionais juntam-se a levar a todo o mundo o que de melhor se faz em Portugal, no sector agro-alimentar e de bebidas.
O SISAB PORTUGAL completa, este ano, 22 anos de realização, e nesta edição vai reunir uma vez mais em Lisboa, 1.600 importadores de 110 países e 500 empresas nacionais para levar a todo o mundo o que de melhor se faz em Portugal, no sector agro-alimentar e bebidas.
Marca de confiança
O SISAB PORTUGAL tornou-se, ele próprio, ao longo de todos estes anos uma marca de confiança, porque acrescenta valor às marcas dos produtos portugueses para a exportação, colocando-as no centro do mundo e junto de diversos mercados. Não há atualmente nenhum outro evento realizado no país, que valorize Portugal desta forma, conduzindo as empresas portuguesas até ao grande mercado internacional.
Ao ser aberto apenas a profissionais e não permitindo a entrada a visitantes, convidados, ou quaisquer outros elementos que não estejam diretamente ligados à exportação e às empresas, o SISAB PORTUGAL criou ao longo dos anos um ambiente único, uma atmosfera privilegiada de negócios com parceiros que já se conhecem há muitos anos ao longo dos quais têm negociado e trocado experiências.
Alto Patrocínio
Esta dinâmica implementada ao sector agro-alimentar e de bebidas, e ainda a outros sectores que estão directamente ligados a este, como, por exemplo, o dos transportes internacionais de mercadorias, levou a que em 2009, a Presidência da República, concedesse ao SISAB PORTUGAL, o seu Alto Patrocínio, numa demonstração do seu reconhecimento, mas também da importância estratégica do trabalho desenvolvido em prol das exportações em Portugal.
Visitas e Provas
Apesar de ter data marcada para 6,7 e 8 de Março no Meo Arena, o SISAB PORTUGAL inicia as suas atividades antes do próprio certame, com as visitas educacionais, que têm permitido aos importadores tomarem conhecimento com os produtos ‘in loco’. Este ano, e como de costume, são vários os circuitos profissionais e educacionais com contatos e provas, um pouco por todo o país, nomeadamente Lisboa, Setúbal, Alentejo e Douro, entre outras.
Outros momentos importantes são vividos ao longo dos três dias com a realização de provas de vinhos e de degustação dos mais variados produtos, cujo objetivo é mostrar as potencialidades gastronómicas dos produtos portugueses e fundamentalmente levar os importadores internacionais a conhecer melhor as suas especificidades e características próprias.
Igualmente importantes são os momentos de degustação de produtos, onde entre animados convívios entre empresários nacionais e internacionais se fica a conhecer o produto e toda a sua aplicação nas mais variadas e sofisticadas confecções gastronómicas possíveis.
Vão ser três dias de trabalho intenso e profundo, com aproveitamento de todos os momentos para fazer daquilo que se produz em Portugal a “grande vedeta” no mercado alimentar do mundo inteiro. Uma vez mais vai ser isto o SISAB PORTUGAL
CARLOS MORAIS – CEO DO SISAB PORTUGAL “O SISAB PORTUGAL é a solução para as empresas que pretendam exportar”Carlos Morais há muitos anos defende a necessidade das empresas portuguesas abraçarem a exportação. Para o provar criou o SISAB PORTUGAL, uma feira dedicada à exportação. Hoje, mais de 30 anos depois da concepção inicial do projeto e numa época em que o país político fala da necessidade de exportar, o SISAB PORTUGAL tem lugar único no universo das 500 melhores empresas portuguesas expositoras, e cerca de 1700 compradores vindos de 110 mercados do mundo expressamente para comprar produtos e marcas portuguesas. |
De que forma é que o SISAB PORTUGAL se assume como uma feira diferente das outras?
O SISAB PORTUGALé basicamente uma grande porta de saída para as empresas portuguesas que pretendem exportar. No difícil contexto de um mercado nacional maduro e quase diria esgotado, a exportação surge como hipótese única para quem quer promover o crescimento das empresas. Ora o SISAB PORTUGAL não é uma feira onde apenas se “vende” espaço de exposição. O SISAB PORTUGAL promove efectivamente encontros de negócios, fruto da apresentação “cara a cara” entre empresários portugueses e os futuros parceiros que vêm a Portugal expressamente para fazer negócios com empresas e marcas portuguesas. Ninguém viaja dez e mais horas de avião, para vir a Portugal apenas passear tranquilamente por uma exposição de produtos. Essa é a razão de se criarem oportunidades únicas que as empresas reconhecem.
Qual o impacto do abrandamento da economia europeia nas exportações portuguesas dos produtos agro-alimentares e de bebidas?
É evidente que o abrandamento da economia europeia terá inevitavelmente alguma repercussão nas exportações portuguesas. Por isso mesmo é que o SISAB PORTUGAL não é um evento estático que aguarda passivamente a vinda de compradores internacionais, mas antes faz um trabalho personalizado e diferente de ano para ano no âmbito da busca dos mercados mais interessantes para a nossa realidade. Para este ano por exemplo a organização reforçou os contactos com mercados de forte potencial na Ásia (China, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Hong Kong e Macau) PALOP e também nos países do Magrebe (Marrocos, Tunísia, Líbia) para além de outros países Árabes (Egipto, Dubai, Kuwait e Quatar)… e de outros cuja presença está já consolidada em termos de participação anual no SISAB PORTUGAL. Esta penso ser a grande fórmula de sucesso deste evento, estando sempre um passo à frente da contracção dos mercados, e procurando outros onde o potencial é maior.
Pode dizer-se então que o SISAB PORTUGAL é único em muitos sentidos?
Diria mesmo que o SISAB PORTUGAL nunca teve como objectivo ser apenas mais uma feira. É acima de tudo o espaço para o encontro de negócios e de pessoas que uma vez por ano se reúnem em Portugal para conhecer o portfólio e as novidades que as empresas têm para o mercado internacional.
A grande diferença deste ano é o facto de irem estar presentes mais de 1700 compradores internacionais de 110 países dos cinco continentes e 500 empresas portuguesas expositoras o que é o limite logístico para garantir o nível de profissionalismo e eficácia negocial que sempre caracterizou este projecto. O facto da Presidência da República lhe ter concedido o seu Alto Patrocínio mostra bem do reconhecimento pelo trabalho tem feito pelo sector alimentar e bebidas em Portugal
É por causa deste “limite logístico” que o SISAB PORTUGAL não está aberto ao público?
De facto o SISAB PORTUGAL não permite a entrada a público em geral nem a estranhos ao próprio “métier” da exportação. E não foi fácil tomar esta decisão, que inclusivamente tem significado algumas perdas financeiras para a organização, no entanto todas as empresas e participantes internacionais presentes ao longo dos anos o pediram e reconheceram como fundamental. E reconheço que tem de ser assim. É impraticável que num espaço onde estão a decorrer reuniões de negócios entre empresas que querem vender e outras que pretendem comprar, haja um desfilar permanente de curiosos a pedir catálogos e brindes ou até mesmo pretendendo vender outros produtos a desvirtuar toda a lógica de negócio que preside a este evento. No SISAB PORTUGAL tudo é feito em função da rentabilização do tempo para a maximização do negócio, quer para as empresas vendedoras, quer para as compradoras. As refeições por exemplo, são sempre momentos de conhecimento e contacto em que as empresas aproveitam para dar a degustar os produtos que pretendem vir a colocar no mercado internacional. São inúmeros os negócios que se estabelecem durante o convívio à mesa, degustando os próprios produtos que mais tarde se vão negociar. Ora isto é uma lógica profissional de negócio, extremamente intensa que não pode ser perturbada de modo nenhum.
Nas suas palavras focaliza muito o termo EXPORTAR. Mais do que expor empresas o SISAB PORTUGAL preocupa-se em criar condições para promover a exportação dos produtos portugueses?
Quando dizemos que o SISAB PORTUGAL é um evento único, referimo-nos precisamente a essa preocupação que para nós é uma constante. Há mais de vinte e dois anos que vem sendo assim. E repare que dizer há mais de vinte e dois anos, quer dizer que só podia participar no SISAB PORTUGAL quem realmente pretendesse estar na exportação. Isto implicou uma certa coragem, pioneirismo e até algum espírito visionário por parte da organização, sobretudo para um projecto que iniciava a sua actividade, quando as empresas na época embora pretendessem vender, não tinham a exportação no seu horizonte. É que no fundo a mensagem que passava era a de que só as melhores empresas, as mais competitivas, a de maior valor acrescentado poderiam aspirar a “estar na exportação” e só essas poderiam vir a estar no SISAB PORTUGAL.
Pode dizer-se que o mercado internacional já identifica o SISAB PORTUGAL com os produtos portugueses?
Sem dúvida nenhuma. Aliás todo o trabalho de análise e trabalho junto dos importadores estrangeiros que a organização faz permanentemente, fá-lo sempre na óptica dos produtos portugueses. Esta é outra marca de qualidade do SISAB PORTUGAL. Os importadores estrangeiros que nós seleccionamos para estarem presentes neste encontro anual não são simples importadores, mas sim importadores, distribuidores e retalhistas de produtos alimentares que pretendem trabalhar com produtos e empresas portuguesas. E isto tem sido uma receita de sucesso e de bons resultados para as empresas em Portugal. É que os importadores não vêm ao SISAB PORTUGAL como a qualquer outra feira à procura simplesmente de produtos novos ou mais competitivos, os que vêem procuram de facto produtos com a especificidade do “Made by Portugal”.
Mas o SISAB PORTUGAL é hoje uma realidade gigante que trás a Portugal importadores de mais de 110 países. Como foi possível que tantos países se pudessem interessar por produtos portugueses?
Desde o primeiro dia que se descobriu que em muitos circuitos internacionais da exportação também se “falava em português”. A língua era por assim dizer a grande via de comunicação por onde se estabeleciam rotas para o envio de produtos portugueses para o mundo. Ora o grande sucesso do SISAB PORTUGAL, foi precisamente o de conseguir ampliar este esforço sem desvirtuar minimamente que fosse, esta realidade tão importante, especialmente ao servir de “ponta de lança” para tocar outras consumidores e importadores locais, onde sozinha a “língua portuguesa” não chegaria, mas que era essencial para criar esta autêntica rede mundial de marcas e produtos portugueses.
Demos voz e valor àqueles que nesta sociedade nunca o tinham tido. Colocamos o fator língua e conhecimento em patamares nunca antes dados às pessoas, homens e mulheres de negócios.
Hoje 60% dos compradores que estão no SISAB PORTUGAL não falam português, mas vão ganhando por via dos negócios uma vontade crescente de colocar Portugal como um potencial destino turístico para as suas famílias e para investimentos em residências para terem a sua casa num local com enorme qualidade de vida.
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