A Parras Vinhos é especializada na produção e seleção de vinhos de qualidade em diversas regiões de Portugal. A seleção dos melhores lotes de vinhos nas regiões e o excelente trabalho de uma vasta equipa de enologia permite à Parras a produção de vinhos de qualidade superior, como assegura Luis Vieira, administrador da empresa, que apoia ainda os seus clientes na criação de marcas próprias nomeadamente para mercados de exportação em que requer algumas normas mais específicas.´
Como surge a Parras Vinhos?
A Parras Vinhos surgiu há alguns anos com o objetivo de agregar sob um só projeto os vinhos que tínhamos de várias regiões portuguesas. Temos uma equipa de enologia que trabalha há muitos anos em conjunto e temos feito uma série de projetos em cada uma das regiões vitivinícolas portuguesas, Dão, Douro, Minho, Alentejo e também aqui na região de Lisboa e Tejo. A Parras era a empresa, ou o local onde estes enólogos se juntavam e selecionavam os vinhos de cada uma das regiões com o objectivo de criar marcas de cada uma dessas regiões e fazíamos a sua distribuição.
Há regiões em que temos produção própria, como aqui na região de Lisboa, na Quinta do Gradil, ou no Alentejo, na Herdade da Candeeira.
Qual é o público-alvo destes vinhos?
A equipa da Parras Vinhos está muito vocacionada na produção de vinhos para o consumidor não especialista. A nossa gama são vinhos best value, vinhos de grande valor acrescentado a um preço mais económico possível de maneira a que as pessoas se surpreendam com os vinhos que bebem. Conseguimos ter grandes vinhos, não demasiadamente complexos nem difíceis, a um preço bastante acessível. Este é o nosso público-alvo e temos tido um retorno bastante interessante das pessoas. Há marcas que temos hoje com grande visibilidade no mercado e que as pessoas reconhecem.
Como é que é feita a seleção de vinhos de cada região?
A nossa equipa de enologia e de viticultura faz o acompanhamento com os produtores desde o início da campanha trabalhando na seleção das vinhas, ou parte delas, com o objetivo de produzir vinhos de topo e de excelência. Depois, na altura da vinificação, acompanhamos as fermentações e o processo evolutivo controlando a maturação. Fazemos todo o trabalho de enologia e de acompanhamento ao produtor. No final, fazemos também o acompanhamento do produto final e dos respetivos blends. Trata-se de um trabalho de enologia muito exigente e completo em que sabemos exatamente o que procuramos e, com o que temos à disposição, tentamos manter o perfil ao qual o nosso consumidor está habituado e fidelizado.
Qual o volume de exportação da empresa?
O mercado nacional representa 40% daquilo que fazemos, tradicionalmente sempre foi assim, apesar de nos últimos anos termos tido um crescimento grande no mercado nacional. No fundo, o país que mais consome produtos portugueses é o nosso próprio país e achamos que Portugal é uma porta de entrada para o mundo, é uma montra na qual temos que ter os nossos vinhos muito conhecidos. Dado o investimento que temos feito na comunicação temos aumentado muito as nossas vendas em Portugal. O resto do mundo tem acompanhado esta tendência, com alguns reajustes no mercado externo, Angola e Brasil já não estão com o nível de outros tempos, mas temos outros países que estão a compensar estas descidas como os EUA, a Inglaterra ou a França, onde temos reforçado as nossas parcerias e as coisas têm corrido muito bem.
Uma amplitude geográfica tão grande gera muitas referências…
As nossas referências mais conhecidas são, para além do Quinta do Gradil, uma marca conotada com muito prestígio, o Castelo do Sulco, que é uma marca mais dedicada ao on-trade. Temos o Mula Velha que apareceu há cerca de dois anos, uma marca de elevada qualidade, criada a partir de vinhas selecionadas e que resultaram em vinhos com muita robustez e qualidade mas com uma relação qualidade/preço imbatível. Tem tido um sucesso enorme.
Produzimos também outras marcas no Alentejo, como o Pêra Doce e o Montaria que são duas marcas com muita visibilidade internacionalmente. O Montaria nos EUA, em Inglaterra e em França é um case study, temos registado aumentos nas vendas incríveis. As pessoas reconhecem a marca como sendo um vinho com muita qualidade e com um preço muito interessante.
Qual a sua opinião acerca do SISAB PORTUGAL?
Já há vários anos que vamos ao SISAB PORTUGAL. É, de facto, uma feira com características únicas. Um ponto de encontro interessante onde podemos estar com todos os nossos parceiros mundiais e onde podemos mostrar os nossos produtos. A partir de contatos feitos no SISAB PORTUGAL conseguimos novos clientes com quem já fizemos negócios. É uma feira incontornável e que, de facto, prestigia o nosso país com uma organização muito interessante e que está de parabéns.
Para além do vinho a empresa desenvolve também um projeto de enoturismo na Quinta do Gradil. Que atividades oferece uma visita à quinta?
A Quinta do Gradil desde há alguns anos tem desenvolvido um amplo projeto de enoturismo. Temos uma loja e um restaurante onde fazemos jantares vínicos, degustações que vão variando de acordo com as épocas. Vamos de alguma forma orientando os nossos pratos às épocas festivas e fazendo-os “casar” com os melhores vinhos que temos.
A Quinta do Gradil fica a meia hora de Lisboa e é uma quinta muito versátil, com muita história, uma vez que pertenceu à família dos Marqueses de Pombal até meados do século passado. Tem aqui toda uma riqueza que convida a ser descoberta. As pessoas podem combinar as três vertentes: comida, vinho e relax. Organizamos também visitas acompanhadas à adega e às vinhas, passeios e caminhadas pela serra, passeios de jipe, bicicleta e corridas.
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