A Cerealis é um dos maiores grupos portugueses vocacionados para a atividade industrial e comercial do setor agroalimentar, com forte presença em Portugal e em grande dinamização internacional. Focalizado em produtos derivados da transformação de cereais, é líder nas massas alimentícias e farinhas industriais, complementando a sua gama com bolachas, cereais de pequeno-almoço e farinhas culinárias. A Cerealis é detentora das marcas Nacional, Milaneza, Harmonia e Concordia, emprega 675 colaboradores, e transforma anualmente mais de 380 mil toneladas de cereais nos 5 centros de produção em Portugal.
Com mais de três mil clientes em carteira, os seus mais de 160 produtos produzidos (de diferentes famílias de produto) são hoje comercializados nos cinco continentes.
Estamos perante um dos principais fabricantes de massas da Península Ibérica que em 2014 teve uma faturação de 200 milhões de euros e que exportou mais de 25% do volume de negócios dos produtos de grande consumo.
Uma das semolarias mais modernas
A Cerealis tem cinco centros de produção em Portugal – Maia, Lisboa, Trofa, Porto e Coimbra, com capacidade para produzir diariamente 1.200 toneladas de farinhas, 450 toneladas de massa, 86 toneladas de Cereais de pequeno almoço e 25 toneladas de bolachas.
Como Grupo de referência no setor, a cerealis vive hoje numa verdadeira ‘vanguarda industrial’, resultado de um ciclo de investimentos iniciado após aquisição da Nacional em 1999, superior a 150 milhões de euros. O objetivo foi posicionar todas as suas unidades industriais no mais elevado padrão tecnológico e de modernidade e segundo os mais rigorosos sistemas de gestão de qualidade e certificação, incorporado num plano que incluiu um processo de racionalização dos centros produtivos, concentrando produções e especializando-os. Este parque tecnológico de excelência está relacionado não só com a maior capacidade produtiva, mas sobretudo com a inovação como modelo chave para surpreender o consumidor. Os números falam por si e entrevistámos Graça Oliveira Amorim, administradora deste grupo português, em Águas Santas na Maia, empresa que todos conhecem e onde desde 1919 ano da fundação da Amorim, Lage – gerações de famílias aqui trabalharam e trabalham.
Estamos perante uma das maiores empresas do sector da Península Ibérica como os números que falam por si…
A CEREALIS é o maior grupo em agro-alimentar no processamento de cereais. Dentro da sua actividade tem duas áreas distintas a CEREALIS – Produtos alimentares, que processa os cereais e dá origem aos produtos de grande consumo (as massas, cereais de pequeno almoço, bolachas e farinhas culinárias) e, a CEREALIS – moagem, que está vocacionada para a panificação e pastelarias. Mas a base de tudo são os cereais daí a nosso nome CEREALIS. Entre 2010 e 2013 o grupo investiu na construção da nova moagem em Lisboa. Uma nova moagem de Trigo Mole (720 Toneladas/24H), sendo hoje uma das mais modernas moagens da Europa e a maior da Península Ibérica inaugurada oficialmente em Março de 2013.
A internacionalização é claramente outra das apostas do Grupo. E pelos números que apresentam tem aumentado em muito as exportações do Grupo, atendendo que estão a concorrer num competitivo mercado internacional. Falemos da exportação…
Exportamos 25% do nosso negócio de produtos de grande consumo e estamos em 42 países. Espanha e os Palops (onde Angola representa mais de 60%) são os principais mercados externos. Em termos de internacionalização, o Grupo conta ainda com uma participação numa empresa de massas na República Checa. A aquisição de uma participação de 33% no capital social da Europasta, líder no setor de massas alimentícias na República Checa, enquadra-se na estratégia de crescimento do Grupo Cerealis internacionalmente. Com esta operação o Grupo Cerealis materializou a sua estratégia de crescimento, com a expansão do negócio nos mercados do Centro da Europa.
Na área da exportação, a Cerealis é fornecedora das principais cadeias de distribuição mundiais e está presente nos 5 continentes em mais de 42 países.
Em 2014, a exportação continuou a crescer, tendo representado mais de 25% do volume de negócios dos produtos de grande consumo de todos os produtos que são produzidos e expedidos a partir de Portugal. Presentes ainda na áfrica francófona, países europeus francófonos, Cuba, Singapura e Emirados Árabes.
E qual é o produto que mais venda tem ou que contribui para o volume das exportações?
São as massas e as farinhas industriais. No entanto os cereais de pequeno almoço tem um enorme potencial, dado o carater inovador que incorporam, permitindo-nos entrar em novos mercados. Embora estejamos a competir com grandes marcas multinacionais, temos uma oferta de qualidade, vasta e muito interessante. A Cerealis tem um departamento de I&D ( inovação e desenvolvimento) e, mesmo nas massas alimentícias que é um produto tão básico, temos vindo a conseguir inovar. Por ano as marcas Milaneza e Nacional têm vindo a lançar produtos novos e inovadores. Entre muitas outras temos massas com sabores (sabores 100% naturais), massas com betaglucano, uma gama recente para crianças, o Milaneza Kids, enriquecida com vitamina D e vegetais. Felizmente temos vindo a ser reconhecidos por associações importantes como a Associação Portuguesa dos Nutricionistas, e premiados pelos “Nutrition Awards” nos últimos dois anos. Assumimos uma preocupação na nossa oferta em inovar, mas não é um inovar por inovar. Queremos ter produtos que sejam atractivos com uma dinâmica que faça com que a marca seja reconhecida pelo consumidor e estamos atentos não só às tendências mas às necessidades do consumidor a nível nutricional. Arrancamos este novo século, iniciando um importante ciclo de investimentos, que demonstram a aposta na tecnologia, inovação e dimensão do Grupo que, entre outros, envolveu os seguintes centros de produção:
Entre 2000 e 2004 – Nova fábrica de massas na Maia e ampliação da fábrica de Cereais de Pequeno-Almoço na Trofa, com um novo centro logístico automatizado e uma nova linha de cereais extrudidos que a tornam numa das mais recentes fábricas de cereais de pequeno-almoço.
Entre 2005 e 2009 – Nova semolaria na Maia (420 Toneladas/24H) uma das mais modernas do mundo, que integra totalmente todo o processo produtivo de massas, desde a receção da matéria-prima (trigo duro) até ao produto final. Renovação de linhas de produção na Maia. Novo armazém na Trofa e reestruturação da ‘supply chain’ do Grupo.
2010-2013 – Construção da nova moagem em Lisboa. Uma nova moagem de Trigo Mole (720 Toneladas/24H), sendo hoje uma das mais modernas moagens da Europa (inaugurada oficialmente em Março de 2013 com a presença de sua Excelência Senhor Presidente da Republica Portuguesa). Nova ampliação da fábrica de Cereais Pequeno-Almoço na Trofa, novas linhas de produção e embalamento nas fábricas de massas na Maia e renovação da fábrica de bolachas também na Maia.
Tem marcas muito fortes como a Milaneza, a Nacional…
São um dos nossos maiores ativos. A Milaneza é líder no mercado das massas em Portugal, existindo desde 1919. Para além da forte presença nas massas seca, a marca tem uma gama de massas frescas, estando ainda presente no mercado das refeições congeladas à base de massa. É conhecida por 92% dos portugueses. Tem uma imagem de qualidade e confiança, sendo uma marca forte com uma alargada gama de produtos. Vai de encontro ao estilo de vida atual, é simples, jovem e prática, e muito querida pelos seus consumidores.
A Nacional é uma marca com um valioso património histórico, presente há 166 anos no mercado, tendo acompanhado a evolução dos estilos de vida e hábitos de consumo dos Portugueses. É uma marca presente em quatro categorias – massas secas, farinhas, cereais de pequeno-almoço e bolachas. Próxima do consumidor, acessível e para toda a família. Tem uma imagem única e diferenciadora apoiada no reconhecido “claim” – “O que é Nacional é bom”.
Temos ainda a Harmonia, que ao longo dos seus 125 anos tem vindo a procurar fortalecer a sua notoriedade no fabrico e comercialização de todos os tipos de farinhas de trigo para usos industriais.
Um reconhecimento alcançado pela procura constante de elevados níveis de qualidade no desenvolvimento dos seus produtos, através de procedimentos que asseguram o controlo e seleção das melhores matérias-primas que entram nos processos produtivos e que garantem a satisfação total das necessidades dos seus clientes. Uma aposta ganha, que faz com que a marca supere novos desafios, permitindo desenvolver cada vez mais e melhores produtos. A nível de exportação expedimos contentores mistos com todo o tipo de produtos e os portugueses que estão no estrangeiro, procuram as nossas farinhas e os nossos produtos.
Há uma apetência dos portugueses que laboram a industria da panificação e pastelaria pelos produtos da CEREALIS?
A Cerealis tem vindo a ser reconhecida como um parceiro importante de confiança no fornecimento das farinhas para a indústria. A confiança na qualidade da farinha é algo essencial para os Padeiros ou Técnicos que laboram no sector da panificação e pastelaria. Fruto do enorme investimento do Grupo nesta área, conseguimos oferecer farinhas que apresentam um comportamento estável, fator muito importante. Para além disso, preocupamo-nos com a rentabilidade e produtividade da farinha no processo industrial do nosso cliente.
A cultura da Cerealis tem por base o princípio de fazer bem. Por isso temos vindo a investir ao longo destes anos na modernização tecnológica, procurando sempre produzir melhor que se fabrica a nível mundial. Desde logo adquirindo a melhor matéria prima, processando-a com a maior qualidade nos nossos centros produtivos e garantindo o controlo total de todo o processo. É muito importante dominar a arte do fabrico dado serem produtos muito transparentes.
O crescimento do Grupo ao longo dos anos tem sido fomentado pela sua capacidade de dar resposta aos constantes desafios do setor. Essas respostas têm contribuído para que o Grupo seja hoje uma referência a nível nacional e internacional.
E sendo a inovação e o lançamento de produtos uma constante, o que nos espera o próximo ano?
2016 vai ser um ano muito interessante para as nossas duas marcas, no entanto, devo destacar a marca NACIONAL. Estamos a finalizar um processo profundo de renovação da marca a vários níveis, incluindo o lançamento de novos produtos. Vai ser um ano muito interessante para reforçarmos a nossa promessa – “que é Nacional é bom”.
As presenças no SISAB PORTUGAL são constantes e em todas as edições. O evento tem indo ao encontro dos vossos anseios?
Estamos no SISAB PORTUGAL desde a 2ª edição que decorreu no Hotel Solverde em Espinho e isso é revelador da nossa aposta.
O SISAB PORTUGAL tem evoluído muito e, o facto de estar no Pavilhão Atlântico acrescenta valor. Em 2016 iremos uma vez mais estar presentes acompanhando assim os nossos clientes habituais e, procurando novos potenciais clientes. É fundamental continuarmos a ter capacidade de captarmos novos clientes.
O SISAB PORTUGAL cumpre o seu papel cá dentro, ou seja em Portugal mas, nas feiras internacionais temos instituições que têm cumprido um papel positivo na divulgação e promoção.
Acreditamos na qualidade dos nossos produtos e do nosso trabalho. Só desta forma poderemos encarar a exportação com otimismos e como uma área com potencial de crescimento.
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