Falar da DFJ é falar dos seus vinhos e de José Neiva Correia, que nasceu em 1949 pode-se dizer “no meio da vinha”; cresceu na Quinta de Porto Franco, que já existia no concelho de Alenquer antes da formação de Portugal (1143), estando na sua família desde o século XVII. A empresa DFJ VINHOS nasceu em 1998 e o seu grupo de 33 trabalhadores/colaboradores produz uma média anual de 6milhões de garrafas, das quais exporta 97% e para 46 países.
Apresenta vinhos das regiões do Douro, Lisboa, Alentejo, Setúbal e Tejo, produzidos de mais de 20 castas, portuguesas e estrangeiras, sempre na procura de satisfazer os desejos dos clientes numa filosofia de saber bem o que é que o mercado quer e fazer chegar o vinho nas melhores condições ao consumidor.
José Neiva Correia é o herdeiro de gerações da sua família dedicadas à arte da vitivinicultura, a que associa a sua constante vontade de aprender e inovar, com uma criatividade e entusiasmo que encontramos nos muitos e variados vinhos que produz, alguns com misturas improváveis de castas com resultados surpreendentes, como é o caso do CONSENSUS Pinot Noir & Touriga Nacional Lisboa tinto 2008, que neste ano de 2015 ganhou o Prémio Imprensa da Revista de Vinhos.
Sejam vinhos super-premium exclusivos, ou vinhos com excelente relação preço/qualidade produzidos em grandes quantidades e desenhados para ir de encontro aos desejos dos consumidores dos mercados internacionais, a procura da melhor qualidade possível do produto final é um objectivo constante. Um excelente exemplo é o ALUADO Alicante Bouschet 2014, premiado com “#74 Top Best Buy of the year 2015” na revista americana Wine Enthusiast.
José Neiva é um grande defensor de práticas agrícolas saudáveis, que há muito usa nos 200ha das vinhas da sua família que alimenta apenas com material orgânico certificado.
A nutrição das vinhas é feita de uma forma racional sem excessos ou carências. As necessidades das videiras ditam a dosagem necessária da água e dos nutrientes administrados. O resultado final é uma produção de alta qualidade, algo que por exemplo sentimos ao provar o PORTADA Winemakers Selection Lisboa tinto 2011 premiado com “#8 Top Best Buy of the year 2014” na revista americana Wine Enthusiast.
A DFJVINHOS pertence apenas a José Neiva Correia, que é também o enólogo-chefe, e foi criada em 1998 para exportar apenas para o Reino Unido, para a empresa D&F, durante décadas a maior importadora de vinhos portugueses para o Reino Unido, e da qual José Neiva era consultor e o primeiro enólogo que criou os vinhos Portugueses ao gosto do consumidor britânico
A sede da DFJ fica na centenária Quinta de Fonte Bela, onde nos recebe e mostra com orgulho as mais recentes obras, nomeadamente um armazém onde instalou 33 depósitos de inox de 76000 litros e um novo armazém que vai ampliar a capacidade de armazenamento. A Quinta da Fonte Bela é uma histórica quinta, em que onde a maior parte dos edifícios datam da “Arquitectura do Ferro” no fim do século XIX, executada por discípulos de Eiffel, estando sediada entre o Vale de Santarém e Valada, a pouco mais de meia hora de Lisboa.
Na catedral do vinho
Nesta lezíria do Tejo destaca-se por ser um conjunto de construções em pedra, imponentes e de traço insólito para a região, uma mistura de arquitectura francesa de châteaux onde não falta a telha de Marselha, com resquícios de arquitectura industrial, a julgar pela impressionante chaminé da destilaria que se avista a muitos quilómetros de distância. Era aqui que António Francisco Ribeiro Ferreira, um dos maiores latifundiários de Portugal, produzia, em finais do século XIX, aguardente vínica destinada à produção de vinho do Porto.
Nesta Catedral do Vinho, encontramos a sede da DFJ, os escritórios, vinificação, linha de engarrafamento, armazéns, depósitos de vinhos com capacidade para 5,4 milhões de litros, adega de barricas, tanoaria, laboratório e sala de visitas.
Engenheiro técnico agrário de formação, José Neiva Correia começou por estagiar no Centro Nacional de Estudos Vinícolas de Dois Portos realizando, posteriormente, etapas de aperfeiçoamento em Bordéus e em Gesenheim na Alemanha.
Destacam-se ainda na Quinta da Fonte Bela um armazém apenas com tonéis de madeira, no passado a maior adega de barris do País, hoje utilizada para estágio do vinho em meias pipas de carvalho-francês. Na antiga sala da caldeira encontramos hoje uma tanoaria onde se fazem os restauros das barricas de carvalho francês da casa Séguin-Moreau. O laboratório é outra peça fulcral da empresa onde são analisados, todos os vinhos produzidos bem como os engarrafados para garantir que estão a ser cumpridas as normas do controle da qualidade. Também é um dos locais preferidos de José Neiva Correia pois aí prova e define os vinhos da DFJ VINHOS.
Com os investimentos feitos em 2014 e 2015 a central de engarrafamento dispõe agora de uma capacidade de enchimento de 6000 garrafas por hora cumprindo com todos os requisitos necessários para as mais exigentes certificações da qualidade e assim poder exportar para qualquer parte do mundo
É na Quinta de Porto Franco, onde nasceu, terroir de excelência, que José Neiva Correia, 66 anos, um dos enólogos que mais vinhos assinou em Portugal, vai buscar grande parte da matéria-prima para produzir as melhores colheitas da DFJ Vinhos. A empresa, com 33 marcas e 77 vinhos diferentes, oriundos de todas as regiões portuguesas, do Douro, Alentejo, Península de Setúbal e Lisboa tem ainda parcerias com mais produtores a quem adquire uma média de 2 milhões de Kg de uvas. Este descendente de várias gerações de vitivinicultores, tanto do lado do pai, como da mãe, e que seguiu a tradição familiar com gosto e profissionalismo, orgulha-se do seguimento da sua geração e do seu filho Vasco em lhe seguir as pisadas e, na equipa de colaboradores que comungam com ele do mesmo princípio de criatividade e profissionalismo em cada garrafa que saia das linhas de enchimento. O entusiasmo com que assina cada um dos muitos e variados vinhos, em que mistura castas improváveis com resultados surpreendentes. Sejam topos de gama a preços superiores e com tiragens reduzidas ou maiores volumes destinados a satisfazer os grandes mercados internacionais, a exigência pela qualidade do produto final é, convictamente, a mesma, sem qualquer pretensão. Há que saber fazer, muito bem e de tudo.
Empresa nasceu para exportar
Como enólogo, tem vindo a desenvolver um trabalho pioneiro na implantação de novas castas em Portugal, a promover uma agricultura mais amiga do ambiente.
Com orgulho refere-nos que a DFJ não depende nas suas vendas no mercado nacional, que a empresa nasceu para exportar para o Reino Unido e que “logo de seguida começámos a exportar para outros mercados.
Vinho mais vendido na Noruega
Vendemos até para alguns países árabes como o Dubai, o Qatar e o Bahrain” salienta. “Os mercados principais são Inglaterra, Noruega, onde a marca mais vendida neste país de todos os vinhos engarrafados produtores no mundo é uma marca portuguesa e da DFJ o “Escada”. Neste país podemos encontrar 14 mil marcas de vinho” e continua “ Na Polónia, é um óptimo mercado para a DFJ, depois EUA, Alemanha, Canadá, desde as Ilhas Maurícias ao Japão, e embora venda para Angola, India, China, Brasil estes não são mercados prioritários para a DFJ. O nosso mercado de futuro e onde mais vamos investir são os EUA e onde queremos aumentar mais e aproveitar o TTIP (tratado de comércio internacional) ”.
Neiva Correia que foi consultor de diversas empresas nacionais na área dos vinhos e responsável de 10% da produção nacional, tem o lema de desenvolver os seus vinhos da preferência de qualquer consumidor internacional “ de acordo com a preferências dos mercados “ há uma infinidade de gostos e tendências e temos que estar aptos a fornecer os vinhos que o consumidor gosta”. Sob o mercado internacional que tão bem conhece salienta que podemos crescer muito e não deixa de registar que há muito agente económico que trata mal os agricultores ou viticultores, asfixiando a produção e a DFJ tem outra postura que é vender com mais valor acrescentado e sem perder a relação qualidade/preço pagar melhor a matéria primas que são as uvas a quem as produz. Ajudar a crescer quem produz e quem vende os vinhos da DFJ é o lema ” é muito fácil ter clientes, nós temos parceiros e orgulhamo-nos de muitos deles terem crescido connosco.”.
A DFJ Vinhos e José Neiva Correia são há muitos anos dos produtores de vinho mais reconhecidos no exterior, e apenas em 2015 já ganharam 307 prémios, dos quais 16 troféus, 66 medalhas de ouro e medalhas de prata. Desde 2010 a DFJ VINHOS já ganhou 1239 prémios.
“Tive orgulho de ser português e alguém fazer o SISAB PORTUGAL!”
Entrevistámos na Quinta da Fonte Bela, José Neiva Correia, 66 anos, um dos enólogos que mais vinhos tem assinado em Portugal, e que criou a empresa DFJ Vinhos, com 33 marcas e mais de 77 vinhos diferentes, oriundos do Douro, Alentejo, Península de Setúbal e Lisboa, com uma produção média anual de seis milhões de garrafas, exportando 97% do que produz.
Transcrevemos aqui a sua opinião, em relação ao SISAB PORTUGAL.
Há muitos anos que a DFJ é um parceiro presente no SISAB PORTUGAL.
“Vou dizer-lhe uma coisa muito sinceramente. O SISAB no princípio era para mim a feira da saudade. Fiquei alguns anos sem lá ir, embora a DFJ tivesse stand, pois tinha outras metas a atingir. Passados uns cinco anos, convenceram-me a voltar lá e não queria acreditar naquilo que estava a ver!
Depois de lá ter estado e constatado com diversas pessoas presentes o que se passava eu disse… não acredito, isto transformou-se para um produtor português na melhor feira a nível mundial, para aquilo que nós expositores queremos que seja uma feira!
Para quem trabalha, não nos interessa nada a animação nem outras coisas, o que nos interessa é as oportunidades de fazer negócio, e a organização que está por trás e, aí não queria acreditar e disse – isto transformou-se numa coisa completamente diferente!
Tive e tenho orgulho de ser português e de alguém em Portugal fazer o SISAB PORTUGAL!
Eu tenho o coração ao pé da boca e digo aquilo que penso e quando não gosto sou o primeiro a dizer que não gosto! Dá-me prazer ver coisas bem-feitas. O SISAB PORTUGAL é um evento de negócios do qual qualquer português se pode orgulhar!
Trazem compradores de muita qualidade, e tenho a dizer-lhe que para a DFJ o SISAB PORTUGAL é uma forma de contatar os seus clientes e novos clientes de uma forma digna e profissional. Estão de parabéns continuem!”
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