A família portuguesa de dez pessoas com ordem de repatriamento do Canadá comoveu-se com o apoio anunciado pelo Governo Regional dos Açores, que criou uma equipa técnica para ajudar à sua integração
no regresso ao arquipélago.
”É muito boa essa oferta. Eu queria era ficar no Canadá, mas mesmo que regresse aos Açores sei agora que tenho essa ajuda. Agradeço muito, muito”, frisou o chefe da família, Paulo Sebastião. Quer os pais – Paulo e Maria Irene – como a filha mais velha – Marília choraram perante a notícia do comunicado do Governo Regional dos Açores, anunciando que estão garantidas casas arrendadas e apoio por parte de uma equipa técnica do Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores (IDSA) para a sua integração. ”Os Açores e os portugueses estão a receber-nos de braços abertos e a dar-nos apoio, enquanto o Canadá nos está a mandar embora, mesmo com quatro crianças canadianas”, referia Marília Sebastião.
”Seria bom que o Canadá seguisse o exemplo de Portugal. Eu tenho orgulho em ser portuguesa”, adiantou ainda. Com o repatriamento, Marília Sebastião viverá uma separação, porque ela viajará para Portugal com os dois filhos, mas o marido, um turco com autorização de residência, permanece no Canadá. Apesar de saber que tem oportunidade de retornar ao Canadá, devido ao pedido de autorização pendente na imigração, Marília declarou: “Sei que voltarei ao Canadá, mas agora fico mais descansada por saber que os meus pais têm ajuda do Governo dos Açores”.
A família Sebastião – constituída por Paulo e Maria Irene (pais, de 46 e 44 anos respectivamente) os quatro filhos (Marília, 27, Vanessa, 23, Paulo Júnior, 19, e Beatriz, 13 quatro netos, com menos de cinco anos, já nascidos no Canadá e sob os quais não pende a ordem de deportação – chegaram aos Açores. Toda a minha vida, nunca tive medo de trabalhar. Trabalhava nos Açores e a família era grande. Aqui no Canadá também trabalhava e tenho emprego”, disse Paulo Sebastião, originário de Rabo de Peixe, em São Miguel, onde a família “não tem nada”.
O Governo Regional dos Açores arrendou uma moradia em Rabo de Peixe para acolher a família de dez pessoas deportada do Canadá . A família de Paulo Sebastião, que vivia no Canadá desde 2001, recebeu ordem de repatriamento em 2007, “tendo até agora esgotado todos os recursos legais possíveis para evitar a execução do repatriamento decidido pelas autoridades canadianas”.
Foi uma noite de nervosismo e de ansiedade até que o voo da SATA descolou para Ponta Delgada, levando a bordo os dez membros da família Sebastião, mais o marido da filha mais velha, Marília.
Até ao derradeiro minuto, mesmo quando já tinham embarcado, todos aguardavam uma decisão de Otava que permitisse à família descer do avião, o que não aconteceu. Horas antes da partida, o advogado Tony Dutra recebeu uma resposta do gabinete do Primeiro-Ministro do Canadá relativamente ao pedido urgente em que solicitava a suspensão da ordem de deportação a fim da situação da família poder ser reavaliada. ”Apesar de o Primeiro Ministro compreender as circunstâncias que o motivam a escrever, há restrições ao envolvimento de membros do Governo – incluindo o Primeiro Ministro – em casos como o que acaba de descrever”, justificou a Tony Dutra um responsável do gabinete de Stpehen Harper, num “email” a que a Lusa teve acesso. ”Estas limitações existem com vista a assegurar a todos os candidatos que a decisão num processo de imigração e refúgio é independente e livre e interferência política”, acrescentou, adiantando ter enviado o correio electrónico para o ministro da Imigração.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, revelou ter enviado duas cartas, aos ministros da Cidadania e Imigração e da Segurança Pública (administração interna) do Canadá, nas quais o Executivo português pedia um “acto de clemência” para a família.
O Governo Regional dos Açores intercedeu igualmente junto do Executivo de Harper a favor da família Sebastião família. Antes de partir para o Canadá, Paulo Sebastião explorava um bar em Rabo de Peixe e a mulher trabalhava em casa.
”Seria bom que o Canadá seguisse o exemplo de Portugal. Eu tenho orgulho em ser portuguesa”, adiantou ainda. Com o repatriamento, Marília Sebastião viverá uma separação, porque ela viajará para Portugal com os dois filhos, mas o marido, um turco com autorização de residência, permanece no Canadá. Apesar de saber que tem oportunidade de retornar ao Canadá, devido ao pedido de autorização pendente na imigração, Marília declarou: “Sei que voltarei ao Canadá, mas agora fico mais descansada por saber que os meus pais têm ajuda do Governo dos Açores”.
A família Sebastião – constituída por Paulo e Maria Irene (pais, de 46 e 44 anos respectivamente) os quatro filhos (Marília, 27, Vanessa, 23, Paulo Júnior, 19, e Beatriz, 13 quatro netos, com menos de cinco anos, já nascidos no Canadá e sob os quais não pende a ordem de deportação – chegaram aos Açores. Toda a minha vida, nunca tive medo de trabalhar. Trabalhava nos Açores e a família era grande. Aqui no Canadá também trabalhava e tenho emprego”, disse Paulo Sebastião, originário de Rabo de Peixe, em São Miguel, onde a família “não tem nada”.
O Governo Regional dos Açores arrendou uma moradia em Rabo de Peixe para acolher a família de dez pessoas deportada do Canadá . A família de Paulo Sebastião, que vivia no Canadá desde 2001, recebeu ordem de repatriamento em 2007, “tendo até agora esgotado todos os recursos legais possíveis para evitar a execução do repatriamento decidido pelas autoridades canadianas”.
Foi uma noite de nervosismo e de ansiedade até que o voo da SATA descolou para Ponta Delgada, levando a bordo os dez membros da família Sebastião, mais o marido da filha mais velha, Marília.
Até ao derradeiro minuto, mesmo quando já tinham embarcado, todos aguardavam uma decisão de Otava que permitisse à família descer do avião, o que não aconteceu. Horas antes da partida, o advogado Tony Dutra recebeu uma resposta do gabinete do Primeiro-Ministro do Canadá relativamente ao pedido urgente em que solicitava a suspensão da ordem de deportação a fim da situação da família poder ser reavaliada. ”Apesar de o Primeiro Ministro compreender as circunstâncias que o motivam a escrever, há restrições ao envolvimento de membros do Governo – incluindo o Primeiro Ministro – em casos como o que acaba de descrever”, justificou a Tony Dutra um responsável do gabinete de Stpehen Harper, num “email” a que a Lusa teve acesso. ”Estas limitações existem com vista a assegurar a todos os candidatos que a decisão num processo de imigração e refúgio é independente e livre e interferência política”, acrescentou, adiantando ter enviado o correio electrónico para o ministro da Imigração.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, revelou ter enviado duas cartas, aos ministros da Cidadania e Imigração e da Segurança Pública (administração interna) do Canadá, nas quais o Executivo português pedia um “acto de clemência” para a família.
O Governo Regional dos Açores intercedeu igualmente junto do Executivo de Harper a favor da família Sebastião família. Antes de partir para o Canadá, Paulo Sebastião explorava um bar em Rabo de Peixe e a mulher trabalhava em casa.
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