Ou seja, em cada 100 pessoas que procuram casa 70 preferem arrendar a comprar. No entanto, Luís Lima garante que isto está a acontecer “não porque o mercado do arrendamento esteja dinâmico, mas sim porque as pessoas não conseguem crédito para comprar casa própria”. Apesar destes máximos na procura de arrendamento, cerca de 50% das pessoas não conseguem celebrar contrato. “As rendas continuam elevadas e muita gente não consegue pagar”, adianta o presidente, sublinhando que teme um “aumento dos casos de incumprimento este ano”, já que muitas pessoas aceitam valores de renda que não poderão suportar.
O presidente revela que tem mantido contactos com o governo e que “finalmente” estão a ser preparadas medidas para corrigir este problema, que leva a que o mercado de arrendamento não funcione – e que existam os incumpridores sistemáticos, isto é, pessoas que vivem anos de casa arrendada em casa arrendada, pagando apenas as primeiras prestações.
Por sua vez, o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, defendeu que a reabilitação urbana e o arrendamento constituem um conjunto de oportunidades para o sector imobiliário em Portugal nos próximos anos. “Estamos atentos às áreas da reabilitação urbana e do arrendamento, pois nos tempos que correm o mais importante não é legislar, mas actuar”, disse o governante em Lisboa, num debate-reflexão.
Paulo Campos referiu ainda que em Portugal a confiança e a estabilidade são fundamentais nos mercados e ajudam a criar um clima favorável entre os diferentes agentes do sector imobiliário.
Em termos de reabilitação urbana, “é fundamental simplificar procedimentos numa altura em que o investimento é crucial”, defendeu o secretário de Estado, sublinhando também a importância de harmonizar regras e agilizar procedimentos do ponto de vista financeiro.
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