Ana Free “saltou” do youtube para os grandes palcos – abriu recentemente o concerto de Shakira e Lisboa – mas não perdeu a simplicidade, simpatia e ambição. Senhora de uma voz doce e encantadora, Ana Free abriu o seu coração em entrevista ao «O Emigrante/ Mundo Português».
Aos 23 anos, Ana Free já é um nome conhecido no mundo da música portuguesa e internacional. Em 2007, Ana Gomes Ferreira lançou-se na internet como Ana Free, numa aventura que começou como uma brincadeira e acabou por ser um estrondoso sucesso. Esteve no Top 50 de artistas com mais subscrições do YouTube, e ocupou os primeiros lugares do top da MTV Portugal, com o single «Keep on Walking». |
O nome foi escolhido por ser mais fácil a nível internacional: “Ana Free porque quando criei a conta no youtube achei que, apesar de ser uma brincadeira, tinha que ser um nome que pudesse ser internacional. Ana Gomes Ferreira é o meu nome mas nem todos iam perceber” conta em conversa com O Emigrante/ Mundo Português.
A música acabou por entrar na vida de Ana Free um pouco por acaso, apesar de assumir ter sido sempre uma pessoa musical. “Foi uma coisa que me aconteceu na vida. Sempre soube que a minha música é a minha paixão mas nunca considerei levar a sério. Acho que se tivesse levado a sério quando era criança tinha tido outro percurso. Por exemplo, não tinha ido para a faculdade e eu sempre quis ir” começa por contar. Ana formou-se em Economia na Universidade de Kent, em Londres, mas admite que nem sempre foi fácil conciliar tudo: “houve uma altura no meu 3º ano do curso de Economia onde já não consegui conciliar. Apanhava-me a querer tocar música e depois ter que escrever a tese. Mas acabei por conseguir focar-me. Sempre quis estar na faculdade e decidi que apesar dos convites de várias editoras nos Estados Unidos e em Inglaterra ia acabar a minha licenciatura”.
Ana Gomes Ferreira, nasceu em Cascais, e é filha de pai português e mãe inglesa. Estudou numa Escola Internacional onde, apesar de ter aulas de Português, o curriculum era britânico. Aos 18 anos foi para Londres mas Portugal é a sua casa: “As pessoas, a cultura. Tudo em Inglaterra é completamente diferente”. Sobre o seu dia-a-dia, a cantora conta que tanto fala português, como em inglês: “quando faço contas ou quando estou chateada falo em português (risos). Depende muito do sítio onde estou.
Com 23 anos, Ana Free ainda tem um grande percurso pela frente. Sempre contou com o apoio da sua família: “a minha família sempre me apoiou. Não tenho músicos na família, tenho pessoas musicais. A minha avó canta na igreja e tem uma voz lindíssima. Sei que a minha bisavó queria ser cantora, mas eram outros tempos. Nesse aspecto sinto que estou a completar um sonho da minha família” conta nitidamente orgulhosa pelo que já conquistou.
E como é a Ana Gomes Ferreira? “Sempre fui super musical. Aprendi guitarra aos 8 e não o fiz com a visão de utilizar o instrumento para ser artista. Sou muito emocional. Tenho fases, como todas as pessoas” confidência. “Acho que a Ana Free tem mais visão daquilo que é importante. Tem mais estrutura à volta da personagem. Ana Free é uma extensão de Ana Gomes Ferreira mas tem mais estrutura à volta da carreira dela. Eu não me consigo desligar claro. Enquanto filha, amiga ou irmã vivo mais as emoções. São a mesma pessoa e acho que apenas sou mais racional enquanto Ana Free artista” admite.
Hoje Ana Free tem um EP nas lojas e está envolvida em vários projectos. Mas quisemos saber se se lembra da sua primeira música. “Não me lembro em específico da minha primeira música, lembro-me sim dos primeiros tempos. Com 6 ou 7 anos, lembro-me na escola escrever poemas que depois comecei a musicar. Lembro-me de uma música que era qualquer coisa “queres levar-me a um restaurante mas eu não gosto de ti”. Uma coisa sem pés nem cabeça, infantil mesmo. “ conta sem conter o riso.
«Radian», o seu novo EP com 5 faixas e que é uma edição exclusiva da FNAC e disponível também no iTunes, é o seu novo sucesso. “Estou envolvida em várias coisas. «Radian» é o novo EP e é a primeira vez que uma cópia física está numa loja. A primeira-parte da Shakira foi como uma bênção que me apareceu na vida. Vi a Shakira no Rock in Rio este ano e nunca pensei que isto me fosse acontecer. Quando soube não dormi a noite inteira. Acordei as minhas melhores amigas depois de ler o email ás três da manhã” conta visivelmente animada. “Tenho também um projecto com o duo brasileiro Claus e a Vanessa. Vou ao Brasil em Janeiro gravar a minha parte da música e estou ansiosa porque acho que vai ficar muito giro” explica animada com esta parceira com a dupla gaúcha, grande revelação no Brasil em 2007.
Ana costuma cantar em inglês, apesar de também o fazer em português. Durante a entrevista desabafa que a chateia-a ouvir que não canta em português: “chateia-me um bocado que digam que só canto em inglês. Mas honestamente já me chateou mais. Já cantei em português, com bandas portuguesas. Trabalhei com os Hands on Approach e gostei muito. Cantei uma música da Disney em português. Mas sei que quando o momento certo surgir vou gravar um álbum ou uma música em portuguesa. Agora apenas ainda não surgiu a composição certa” diz.
Um dia sonha tocar em grandes palcos portugueses e internacionais e quem sabe dividi-lo com alguns dos artistas que mais admira. John Mayer, Eric Clapton, Sheryl Crow, sem esquecer os portugueses Rui Veloso e David Fonseca são apenas alguns dos nomes com quem Ana gostava de trabalhar.
Ana quer também tocar para os emigrantes portugueses. Ela, que também deixou Portugal para ir viver para Inglaterra, sabe o que é a saudade. “Tenho conseguido lidar melhor com a falta da minha família e amigas. Tenho saudades do nosso país e da comida. (risos) Do arroz de pato à simples pizza. E das sopas. Enfim, a comida mais quentinha. A nossa!” lembra.
Admite que gosta de sentir que há portugueses quando dá os seus concertos no estrangeiro e lembra um em especial: “toquei no Dia de Portugal em Londres. Gostei muito. Lembro-me que até comi um prego no pão (risos). Foi muito giro. Gostava de tocar mais vezes para os nossos portugueses, para os nossos emigrantes”. Sobre as suas influências recorda que em casa ouvia muito fado. “Cresci a ouvir Bob Dylan, Beatles ou Bob Marley. Mas também ouvi bastante fado. Ainda hoje o meu pai é um fã de fado. O fado é muito português. Gosto muito desse sentimento” lembra a cantora de sucessos como «In my place» ou o novo «Questions in my mind” .
Ana Free tem fãs por todo o mundo. No seu site, no facebook ou no youtube são muitas as mensagens de quem a ouve e segue a sua carreira em todos os continentes. “Faço questão de ter interacção com os meus fãs. Às vezes até exagero mas quero comunicar com eles, sobretudo na internet. No twitter, no facebook, no site, no youtube… Tenho a ajuda da minha equipa mas sou eu que faço a actualização de todas as plataformas” conta, acrescentando que se sente “orgulhosa por contribuir para a imagem do meu país no estrangeiro. Sinto que é uma valorização do meu trabalho. É uma responsabilidade mas acima de tudo um orgulho”.
Ana Gomes Ferreira, nasceu em Cascais, e é filha de pai português e mãe inglesa. Estudou numa Escola Internacional onde, apesar de ter aulas de Português, o curriculum era britânico. Aos 18 anos foi para Londres mas Portugal é a sua casa: “As pessoas, a cultura. Tudo em Inglaterra é completamente diferente”. Sobre o seu dia-a-dia, a cantora conta que tanto fala português, como em inglês: “quando faço contas ou quando estou chateada falo em português (risos). Depende muito do sítio onde estou.
Com 23 anos, Ana Free ainda tem um grande percurso pela frente. Sempre contou com o apoio da sua família: “a minha família sempre me apoiou. Não tenho músicos na família, tenho pessoas musicais. A minha avó canta na igreja e tem uma voz lindíssima. Sei que a minha bisavó queria ser cantora, mas eram outros tempos. Nesse aspecto sinto que estou a completar um sonho da minha família” conta nitidamente orgulhosa pelo que já conquistou.
E como é a Ana Gomes Ferreira? “Sempre fui super musical. Aprendi guitarra aos 8 e não o fiz com a visão de utilizar o instrumento para ser artista. Sou muito emocional. Tenho fases, como todas as pessoas” confidência. “Acho que a Ana Free tem mais visão daquilo que é importante. Tem mais estrutura à volta da personagem. Ana Free é uma extensão de Ana Gomes Ferreira mas tem mais estrutura à volta da carreira dela. Eu não me consigo desligar claro. Enquanto filha, amiga ou irmã vivo mais as emoções. São a mesma pessoa e acho que apenas sou mais racional enquanto Ana Free artista” admite.
Hoje Ana Free tem um EP nas lojas e está envolvida em vários projectos. Mas quisemos saber se se lembra da sua primeira música. “Não me lembro em específico da minha primeira música, lembro-me sim dos primeiros tempos. Com 6 ou 7 anos, lembro-me na escola escrever poemas que depois comecei a musicar. Lembro-me de uma música que era qualquer coisa “queres levar-me a um restaurante mas eu não gosto de ti”. Uma coisa sem pés nem cabeça, infantil mesmo. “ conta sem conter o riso.
«Radian», o seu novo EP com 5 faixas e que é uma edição exclusiva da FNAC e disponível também no iTunes, é o seu novo sucesso. “Estou envolvida em várias coisas. «Radian» é o novo EP e é a primeira vez que uma cópia física está numa loja. A primeira-parte da Shakira foi como uma bênção que me apareceu na vida. Vi a Shakira no Rock in Rio este ano e nunca pensei que isto me fosse acontecer. Quando soube não dormi a noite inteira. Acordei as minhas melhores amigas depois de ler o email ás três da manhã” conta visivelmente animada. “Tenho também um projecto com o duo brasileiro Claus e a Vanessa. Vou ao Brasil em Janeiro gravar a minha parte da música e estou ansiosa porque acho que vai ficar muito giro” explica animada com esta parceira com a dupla gaúcha, grande revelação no Brasil em 2007.
Ana costuma cantar em inglês, apesar de também o fazer em português. Durante a entrevista desabafa que a chateia-a ouvir que não canta em português: “chateia-me um bocado que digam que só canto em inglês. Mas honestamente já me chateou mais. Já cantei em português, com bandas portuguesas. Trabalhei com os Hands on Approach e gostei muito. Cantei uma música da Disney em português. Mas sei que quando o momento certo surgir vou gravar um álbum ou uma música em portuguesa. Agora apenas ainda não surgiu a composição certa” diz.
Um dia sonha tocar em grandes palcos portugueses e internacionais e quem sabe dividi-lo com alguns dos artistas que mais admira. John Mayer, Eric Clapton, Sheryl Crow, sem esquecer os portugueses Rui Veloso e David Fonseca são apenas alguns dos nomes com quem Ana gostava de trabalhar.
Ana quer também tocar para os emigrantes portugueses. Ela, que também deixou Portugal para ir viver para Inglaterra, sabe o que é a saudade. “Tenho conseguido lidar melhor com a falta da minha família e amigas. Tenho saudades do nosso país e da comida. (risos) Do arroz de pato à simples pizza. E das sopas. Enfim, a comida mais quentinha. A nossa!” lembra.
Admite que gosta de sentir que há portugueses quando dá os seus concertos no estrangeiro e lembra um em especial: “toquei no Dia de Portugal em Londres. Gostei muito. Lembro-me que até comi um prego no pão (risos). Foi muito giro. Gostava de tocar mais vezes para os nossos portugueses, para os nossos emigrantes”. Sobre as suas influências recorda que em casa ouvia muito fado. “Cresci a ouvir Bob Dylan, Beatles ou Bob Marley. Mas também ouvi bastante fado. Ainda hoje o meu pai é um fã de fado. O fado é muito português. Gosto muito desse sentimento” lembra a cantora de sucessos como «In my place» ou o novo «Questions in my mind” .
Ana Free tem fãs por todo o mundo. No seu site, no facebook ou no youtube são muitas as mensagens de quem a ouve e segue a sua carreira em todos os continentes. “Faço questão de ter interacção com os meus fãs. Às vezes até exagero mas quero comunicar com eles, sobretudo na internet. No twitter, no facebook, no site, no youtube… Tenho a ajuda da minha equipa mas sou eu que faço a actualização de todas as plataformas” conta, acrescentando que se sente “orgulhosa por contribuir para a imagem do meu país no estrangeiro. Sinto que é uma valorização do meu trabalho. É uma responsabilidade mas acima de tudo um orgulho”.
Ana Rita Almeida
ralmeida@mundoportugues.org
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