O industrial José Alberto Carvalho Araújo, de Braga, com 69 anos, “não resistiu ao tédio da reforma”, e criou uma linha inovadora de mobiliário de escritório: uma secretária individual, sem parafusos, que se monta em 35 segundos…
Depois de uma vida empresarial cheia de iniciativas no setor do ensino privado, da indústria de mobiliário e mesmo da área da música pop, o empresário, “farto de estar sem fazer nada” depois de um período de inatividade na indústria, passou os últimos quatro anos a desenhar uma linha de mobiliário de escritório, pensada com base num conceito matemático já usado pelos gregos na antiguidade.
“Lembrei-me da Matemática e do chamado rectângulo de ouro, uma relação em que o comprimento é 1,8 vezes maior do que a largura e que os gregos definiam como a divina proporção, que, sendo muito minimalista é, ao mesmo tempo, muito agradável”, frisou Carvalho Aráujo que foi, também, desde os 19 anos, professor de matemática. Além do «minimalismo» artístico, os móveis – garante – “têm uma caraterística imbatível no mercado e que não existe mesmo nas multinacionais do ramo”, a de serem montadas através de um sistema de encaixe que não exige aparafusamentos, mas, tão só, uma pancada de encaixe: “uma secretária individual leva 35 segundos, uma multipostos cinco minutos”, assinala.
A linha «Golden Number» foi concebida pelo empresário – que recebeu nos anos 90 do século passado dois prémios do Centro Português de Design -, os protótipos montados na fábrica Paularte de Braga, estando o fabrico final do mobiliário, a cargo das indústrias Portax de Oliveira de Frades. “É um sistema por módulos, multi postos de trabalho, – secretárias, armários, estantes e biombos – que responde às necessidades das pequenas, médias e grandes empresas que investem e criam 10, 100 ou 200 empregos”, garante. Para se operar no ramo – assinala – não é preciso ser-se industrial, já que a capacidade industrial instalada em Portugal excede a do mercado. “Vou aproveitar a rede de distribuidores com quem lidei ao longo de décadas para exportar, para a Espanha e Europa e para a África de língua portuguesa”, frisou. Carvalho Araújo começou nos anos 60 por montar uma escola privada em Braga, o Externato, que ainda é gerido pela família.
Para o equipar com mobiliário associou-se uma serralharia, que começou a produzir móveis que desenhava – para o mercado. Foi a «Carvalho Araújo» que produziu as primeiras urnas de voto, para as eleições democráticas que se seguiram ao 25 de abril de 1974. A gestão da produção das urnas estava a cargo do atual presidente da Câmara, Mesquita Machado. Nos anos 90, a firma expandiu-se e ganhou dimensão internacional, através de um investimento de alguns milhões de euros numa fábrica.
A crise posterior à primeira «Guerra do Golfo» “e a falta de apoio governamental”, levou-a à falência. “Continuei a dar aulas, mas tenho, desde novo, o «bichinho» da indústria, pelo que cá estou, de volta à vida empresarial”, explica.
“Lembrei-me da Matemática e do chamado rectângulo de ouro, uma relação em que o comprimento é 1,8 vezes maior do que a largura e que os gregos definiam como a divina proporção, que, sendo muito minimalista é, ao mesmo tempo, muito agradável”, frisou Carvalho Aráujo que foi, também, desde os 19 anos, professor de matemática. Além do «minimalismo» artístico, os móveis – garante – “têm uma caraterística imbatível no mercado e que não existe mesmo nas multinacionais do ramo”, a de serem montadas através de um sistema de encaixe que não exige aparafusamentos, mas, tão só, uma pancada de encaixe: “uma secretária individual leva 35 segundos, uma multipostos cinco minutos”, assinala.
A linha «Golden Number» foi concebida pelo empresário – que recebeu nos anos 90 do século passado dois prémios do Centro Português de Design -, os protótipos montados na fábrica Paularte de Braga, estando o fabrico final do mobiliário, a cargo das indústrias Portax de Oliveira de Frades. “É um sistema por módulos, multi postos de trabalho, – secretárias, armários, estantes e biombos – que responde às necessidades das pequenas, médias e grandes empresas que investem e criam 10, 100 ou 200 empregos”, garante. Para se operar no ramo – assinala – não é preciso ser-se industrial, já que a capacidade industrial instalada em Portugal excede a do mercado. “Vou aproveitar a rede de distribuidores com quem lidei ao longo de décadas para exportar, para a Espanha e Europa e para a África de língua portuguesa”, frisou. Carvalho Araújo começou nos anos 60 por montar uma escola privada em Braga, o Externato, que ainda é gerido pela família.
Para o equipar com mobiliário associou-se uma serralharia, que começou a produzir móveis que desenhava – para o mercado. Foi a «Carvalho Araújo» que produziu as primeiras urnas de voto, para as eleições democráticas que se seguiram ao 25 de abril de 1974. A gestão da produção das urnas estava a cargo do atual presidente da Câmara, Mesquita Machado. Nos anos 90, a firma expandiu-se e ganhou dimensão internacional, através de um investimento de alguns milhões de euros numa fábrica.
A crise posterior à primeira «Guerra do Golfo» “e a falta de apoio governamental”, levou-a à falência. “Continuei a dar aulas, mas tenho, desde novo, o «bichinho» da indústria, pelo que cá estou, de volta à vida empresarial”, explica.
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