Ricardo Vieira nasceu no Luxemburgo e é filho de pais portugueses. Em 2005 venceu o concurso "Searching the voice" e agora acaba de lançar o seu primeiro trabalho. Em entrevista ao «O Emigrante/ Mundo Português» conta que quer mostrar ao mundo a sua verdadeira essência e revela um dos seus sonhos: cantar em Portugal, país que adora.
Ricardo Vieira tem 26 anos e começou a cantar há cinco, num grupo coral de música gospel. A sua vida mudou quando em 2005 foi o grande vencedor do concurso «Searching the Voice», uma espécie de Ídolos. Passou então a actuar a nível nacional e até no estrangeiro com os cantores luxemburgueses Jimmy Wagner e Marion Welter. Enquanto vivia esta experiência, Ricardo Vieira conheceu Mike Bell, músico, produtor e compositor que trabalhou com alguns dos grandes nomes da música, e que produz o primeiro álbum do cantor intitulado «She do». Ricardo conta em entrevista ao Mundo Português que sempre gostou de cantar desde pequenino "embora ninguém me levasse muito a sério. Em 2005, decidi concorrer ao concurso «Searching the voice» e quando me anunciaram como vencedor, tive a certeza que era cantar que eu queria fazer na minha vida".
Luso-descendente no Luxemburgo, Ricardo canta habitualmente em inglês, mas o seu álbum inclui uma música em português, com o nome «Ninguém sabe não». Uma música que não considera uma homenagem a Portugal mas sim consequência da sua necessidade em mostrar as suas raízes.
"A música «Ninguém sabe não» não é propriamente uma homenagem. Escrevi esta música em português porque no momento senti essa necessidade e vontade de mostrar as minhas raízes" diz o cantor que faz questão de referir que "eu canto em inglês, francês, alemão e adoro cantar em português mesmo não sendo uma língua que esteja muito à vontade".
Portugal está sempre ligado a Ricardo Vieira e como tal o seu novo trabalho tem também influências portuguesas. "Claro que há sempre influências de Portugal. No próprio cd podemos escutar vários sons de instrumentos típicos de Portugal" diz.
Sobre «She Do» Ricardo refere que "levou 3 anos a ser construído. Foi muito bem pensado quer na escolha das letras, quer na escolha da sonoridade" justificando todo o processo com a máxima «Depressa e bem há pouco quem». "Este provérbio reflecte o percurso até obter o resultado final, pois pretendia ter tempo para fazer um álbum que tivesse a ver com a minha pessoa, reflectindo vivências, gostos, interesses, etc…" acrescentando que "é um cd com uma grande orientação para a pop music, mas com muitas influências funky e soul, os dois estilos com que mais me identifico e tenho prazer em cantar". Se pudesse partilhar o palco com um cantor ou cantora portuguesa, Ricardo não tem dúvidas que escolheria as cantoras Lúcia Moniz e Sara Tavares.
"Ao nível internacional adorava estar em palco com a Tina Turner ou Joss Stone" conta. Em conversa com o Mundo Português, Ricardo revela-nos um deseja: "adorava cantar em Portugal e para os portugueses. Ouço todo o género de músicas e obviamente que música portuguesa também está presente".
Os elogios ao seu novo trabalho são unânimes. O primeiro single do álbum – «Talking about love» – está a ser um sucesso, tendo mesmo atingido o primeiro lugar na tabela das músicas mais ouvidas nas rádios no Luxemburgo. Ricardo olha para trás visivelmente satisfeito com o resultado final.
"Não se trata de um sonho realizado, mas sim o fruto de um grande esforço e dedicação, uma vez que cantar é o que mais gosto de fazer nesta vida, bem como estar em palco e contactar com o público. Daí querer mostrar ao mundo o estilo de Ricardo Vieira". Quem assiste aos concertos de Ricardo Vieira não deixa de reparar que o cantor não é apenas apreciado pelos luxemburgueses ou pelos portugueses. "O meu público abrange diversas nacionalidades, até porque no Luxemburgo temos cidadãos de quase todos os países da Europa" diz Ricardo que admite no entanto que há "cada vez mais os portugueses a mostrar interesse no meu trabalho".
A paixão por Portugal é algo que Ricardo Vieira não consegue disfarçar.
Filho de pais portugueses, Ricardo nasceu no Luxemburgo mas cresceu com as raízes lusas sempre bem presentes.
Quando questionado sobre o que o prende a Portugal, Ricardo é peremptório "a família e as saudades da cidade que mais adoro: o Porto". O cantor passa férias em Portugal sempre que pode e não põe de parte um dia viver no nosso país: "sou um homem do mundo, adoro viajar e adapto-me facilmente a qualquer cidade e país. Adorava viver em Portugal". Os seus pais são de Gondomar, distrito do Porto, e Ricardo tem ainda família nessa cidade. Já no Luxemburgo cresceu com amigos portugueses: "tenho grande parte da minha família no Luxemburgo, mas também tenho muitos amigos portugueses, inclusive o meu melhor amigo é um português".
Sobre o futuro Ricardo deseja "alargar os horizontes e mostrar a cada vez mais pessoas a essência e a originalidade" do seu trabalho.
Aos portugueses e a todos os que lerem estas páginas Ricardo Vieira lança um apelo: "se quiserem conhecer o meu universo musical ouçam a minha música". (www.myspace.com/ricardovieira07)
ANA RITA ALMEIDA
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