Durante anos embaixador da música popular, Roberto Leal voltou-se há alguns anos para a música tradicional portuguesa. O resultado mais recente dá pelo título de ‘Raiç/Raíz’ e acaba de chegar ao mercado. O segundo disco neste registo (depois de ‘Canto da Terra’, em 2007), foi apresentado no Cabaret Maxime, e esgotou a lotação com cento e oitenta fãs, amigos, músicos e individualidades a felicitarem Roberto Leal, ou melhor, António Joaquim Fernandes.
Roberto Leal confessou ao nosso jornal porque decidiu aventurar-se na música tradicional portuguesa. ‘Faltava alguma coisa. Era um grito calado que tinha dentro de mim e que agora soltei. Era um caminho necessário’, adiantou.
Segundo Roberto Leal, gravar ‘Raiç/Raíz’ ‘não foi fácil’, tendo o trabalho de pesquisa, recolha e gravação demorado dois anos. ‘Cheguei a chorar de emoção no estúdio’, disse, salientando que uma das maiores dificuldades que conheceu foi aprender mirandês. ‘Felizmente o Dr. Amadeu, que foi o meu professor, teve muita paciência e corrigiu-me muitas vezes.’, afirmou.
Segundo trabalho de um investimento nas raízes musicais portuguesas, iniciado ‘há cinco anos’, ‘Raiç/Raíz’ é também uma homenagem às suas origens transmontanas e ‘uma abertura maior do que no primeiro disco (‘Canto da Terra’). O anterior trabalho, “Canto da Terra”, foi um dos maiores prazeres e recompensas da minha vida. Foi uma viragem de página. Uma tomada de decisão de renovar, de reciclar, de enveredar por outros caminhos, de buscar novas soluções dentro da música, novas roupagens e posturas para vestir conceitos dos quais, no entanto, não abro mão. Mas atitudes como esta, após 37 anos de carreira pública não são fáceis. Há que contar com a aprovação, com a compreensão. Há que contar com a fidelidade daqueles que nos acompanharam durante os 37 anos. Há que conquistar novos amigos sem perder os que já nos são caros.
Há que mudar invólucros sem perder o mesmo conteúdo, esse eterno porque vem da alma. E tudo isto foi conseguido! Para espanto de mim próprio, para espanto dos novos amigos e para alegria dos que já eram! O “Canto da Terra” abriu, então, uma nova estrada à minha frente, pelo qual sigo agora renovado e cheio de prazer. Fez jorrar uma nova fonte de inspiração de cuja fartura bebo e me embriago!
Nasce agora “Raiç”, a palavra Mirandesa para Raiz, …uma alegria mais profunda. Remexer o baú das minhas memórias e das memórias do meu povo, dos cantares, das raízes! Poder cantar livremente tudo aquilo que vivi e que esteve guardado no mais íntimo do meu ser é uma libertação da alma! Após tanto tempo buscando e incorporando nos espectáculos os frenéticos ritmos que, da África, cruzaram para o Brasil, vemos hoje a mesma vibração, a mesma força e pujança que fez saltar pés e corações, com os ritmos Trasmontanos”
Com carreira feita no Brasil, Roberto Leal pensa já em apresentar o novo disco do outro lado do Atlântico.
Segundo Roberto Leal, gravar ‘Raiç/Raíz’ ‘não foi fácil’, tendo o trabalho de pesquisa, recolha e gravação demorado dois anos. ‘Cheguei a chorar de emoção no estúdio’, disse, salientando que uma das maiores dificuldades que conheceu foi aprender mirandês. ‘Felizmente o Dr. Amadeu, que foi o meu professor, teve muita paciência e corrigiu-me muitas vezes.’, afirmou.
Segundo trabalho de um investimento nas raízes musicais portuguesas, iniciado ‘há cinco anos’, ‘Raiç/Raíz’ é também uma homenagem às suas origens transmontanas e ‘uma abertura maior do que no primeiro disco (‘Canto da Terra’). O anterior trabalho, “Canto da Terra”, foi um dos maiores prazeres e recompensas da minha vida. Foi uma viragem de página. Uma tomada de decisão de renovar, de reciclar, de enveredar por outros caminhos, de buscar novas soluções dentro da música, novas roupagens e posturas para vestir conceitos dos quais, no entanto, não abro mão. Mas atitudes como esta, após 37 anos de carreira pública não são fáceis. Há que contar com a aprovação, com a compreensão. Há que contar com a fidelidade daqueles que nos acompanharam durante os 37 anos. Há que conquistar novos amigos sem perder os que já nos são caros.
Há que mudar invólucros sem perder o mesmo conteúdo, esse eterno porque vem da alma. E tudo isto foi conseguido! Para espanto de mim próprio, para espanto dos novos amigos e para alegria dos que já eram! O “Canto da Terra” abriu, então, uma nova estrada à minha frente, pelo qual sigo agora renovado e cheio de prazer. Fez jorrar uma nova fonte de inspiração de cuja fartura bebo e me embriago!
Nasce agora “Raiç”, a palavra Mirandesa para Raiz, …uma alegria mais profunda. Remexer o baú das minhas memórias e das memórias do meu povo, dos cantares, das raízes! Poder cantar livremente tudo aquilo que vivi e que esteve guardado no mais íntimo do meu ser é uma libertação da alma! Após tanto tempo buscando e incorporando nos espectáculos os frenéticos ritmos que, da África, cruzaram para o Brasil, vemos hoje a mesma vibração, a mesma força e pujança que fez saltar pés e corações, com os ritmos Trasmontanos”
Com carreira feita no Brasil, Roberto Leal pensa já em apresentar o novo disco do outro lado do Atlântico.
MUDAR DE NOME
Roberto Leal nasceu António Joaquim Fernandes. Aos onze anos de idade, em 1962, emigrou para o Brasil, juntamente com os pais e dez irmãos.
Em São Paulo, após trabalhar como sapateiro e vendedor de doces, iniciou sua carreira de cantor de fados e músicas românticas. Graças ao sucesso alcançado na década de 1970, apresenta-se como um embaixador da cultura portuguesa no Brasil.
Ficou célebre o seu refrão “ai cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita”, após aparição no Programa do Chacrinha. Vendeu milhares de discos, fazia sucesso nos programas de auditório e por muitos, era considerado muito simpático.
Costuma gravar músicas com mistura de ritmos lusos e brasileiros, tornando-se um cantor popular para uns e criticado por outros. Já gravou Cds com ritmo de forró, românticas e quase todo o seu repertório é composto de faixas de sua autoria, em parceria com sua esposa Márcia Lúcia, companheira e mãe de seus três filhos brasileiros. Apresenta-se agora neste novo trabalho em público com uma música mais sofisticada e mudou também de imagem. Deve ele também mudar de nome?
A primeira operação sobre a mudança de nome está a ser respondido no site www.robertolealmudadenome.com/ um desafio lançado aos fãs.
Sobre ese desafio diz-nos “mudar de nome assusta-me, mas se Roberto Leal se mostra diferente, então ele tem que mudar. É assim que muitos pensam e se for para contribuir para a qualidade e para o bem da música portuguesa eu mudo de nome. Gostava de ter um nome bem lusitano, José por exemplo é lindo e a história do meu nome é lindíssima e o Roberto Leal nasce quando em aluno, numa academia musical chegava a horas, era muito atento nas aulas, daí ser o menino “Leal”. Começo a ser notado, usar cabelos compridos, um ar diferente e por isso começam a chamar-me o “Roberto Carlos dos Portugueses” recorda o cantor saudoso do tempo em que viveu no Brasil.
Em São Paulo, após trabalhar como sapateiro e vendedor de doces, iniciou sua carreira de cantor de fados e músicas românticas. Graças ao sucesso alcançado na década de 1970, apresenta-se como um embaixador da cultura portuguesa no Brasil.
Ficou célebre o seu refrão “ai cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita”, após aparição no Programa do Chacrinha. Vendeu milhares de discos, fazia sucesso nos programas de auditório e por muitos, era considerado muito simpático.
Costuma gravar músicas com mistura de ritmos lusos e brasileiros, tornando-se um cantor popular para uns e criticado por outros. Já gravou Cds com ritmo de forró, românticas e quase todo o seu repertório é composto de faixas de sua autoria, em parceria com sua esposa Márcia Lúcia, companheira e mãe de seus três filhos brasileiros. Apresenta-se agora neste novo trabalho em público com uma música mais sofisticada e mudou também de imagem. Deve ele também mudar de nome?
A primeira operação sobre a mudança de nome está a ser respondido no site www.robertolealmudadenome.com/ um desafio lançado aos fãs.
Sobre ese desafio diz-nos “mudar de nome assusta-me, mas se Roberto Leal se mostra diferente, então ele tem que mudar. É assim que muitos pensam e se for para contribuir para a qualidade e para o bem da música portuguesa eu mudo de nome. Gostava de ter um nome bem lusitano, José por exemplo é lindo e a história do meu nome é lindíssima e o Roberto Leal nasce quando em aluno, numa academia musical chegava a horas, era muito atento nas aulas, daí ser o menino “Leal”. Começo a ser notado, usar cabelos compridos, um ar diferente e por isso começam a chamar-me o “Roberto Carlos dos Portugueses” recorda o cantor saudoso do tempo em que viveu no Brasil.
António Freitas
afreitas@mundoportugues.org
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