“Cometer menos erros do que o adversário e ser eficaz na finalização” é a receita do seleccionador Carlos Queiroz para triunfar sábado na visita à Dinamarca, na qualificação para o Mundial 2010.
“Como todos os jogos na vida, quero ganhar. Mas temos de jogar bem, ganhar a próxima bola, duelo ou desarme. Sermos mais rápidos do que o adversário. Ser melhor em todos os detalhes do jogo para no final construirmos uma exibição que, toda ela somada, permita que Portugal tenha menos erros do que o adversário e possa somar golos e os três pontos, que é o que queremos”, resumiu.
No desafio do Grupo 1 de qualificação, os nórdicos têm apostado em jogos mentais – provocações aos portugueses e o destaque pelas nove baixas -, mas Carlos Queiroz replica. “A Dinamarca queixa-me muito que tem oito jogadores aleijados, mas apenas dois são titulares. Também é importante falarmos do Hugo Almeida, Paulo Ferreira, Danny… Isso é divergir a atenção do que é importante”, disse, citado pela Lusa.
O seleccionador tem noção do potencial do adversário, que há um ano venceu 3-2 em Alvalade: “Todos os grandes jogadores da Dinamarca estão aptos, num conjunto que vale como equipa, com grande espírito e força mental. Por isso são líderes do grupo. Temos muito respeito pela Dinamarca”.
Toda a qualificação foi feita no sistema “4x3x3”, mas agora, para os jogos decisivos com Dinamarca e Hungria, Portugal vai apresentar-se em “4x4x2”, mais condizente com o tipo de seleccionados e as suas rotinas nos respectivos clubes, mas Queiroz tentou prolongar o tabu sobre o sistema.
“Eu não disse que ia alterar o modelo. A abordagem a um jogo tem a ver com as condições específicas no momento, opções estratégicas. Não há nada que substitua um bom passe, um bom desarme ou a qualidade de um remate. Temos de concentrar-nos na próxima bola, ser mais rápidos, mais eficientes no remate, jogar com entusiasmo. Modelos de jogo e sistemas não são o que faz a diferença no fim, mas as acções dos jogadores”, frisou.
O seleccionador escusou-se a falar da equipa ou sistema que vai apresentar – “seria pouco inteligente se o fizesse aqui na conferencia de imprensa” – e lembrou que Liedson “é apenas mais um para ajudar a equipa, sem estatuto especial, idade ou condicionantes que obriguem a tomada de decisões específicas”.
E, revelando o espírito “fantástico” do grupo, concluiu: “Todos os futebolistas estão prontos para jogar. E todos prontos para servir a selecção do primeiro ao último minuto, entrem no princípio ou no final. É uma grande arma este espírito de sacrifício, vontade e determinação”.
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