O presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) do Benfica, Manuel Vilarinho, confirmou hoje a realização das eleições para sexta-feira, reiterando a convicção na legalidade do acto, mas denunciando a existência de "comportamentos pré-eleitorais muito pouco claros".
"Não se percebe que se diga que se pretende unir a família benfiquista e se coloque injustificadamente o Benfica em tribunal, criando uma operação mediática que denigre a imagem do clube, como não há memória desde os funestos tempos da infausta presidência de Vale e Azevedo", acusou Vilarinho.
O presidente da AG do Benfica reafirmou que "não existe qualquer despacho" que ordene a suspensão das eleições, pois "o requerente da providência cautelar não pediu a suspensão do acto eleitoral, mas apenas a suspensão da admissão da lista A", liderada pelo actual presidente Luís Filipe Vieira.
"O que existe é, tão só, uma nota de citação recebida por mim (…) que cita o Sport Lisboa e Benfica de que contra ele foi interposta uma providência cautelar, requerendo a suspensão do acto de admissão da lista A e dando o prazo de 10 dias para o Benfica oferecer a sua oposição", explicou.
Por entender que não existe "qualquer impedimento de natureza legar, judicial ou estatutária para a realização do acto eleitoral", Manuel Vilarinho manteve a marcação das eleições para os órgãos sociais do Benfica para sexta-feira "nos precisos termos da convocatória publicada".
Vilarinho assinalou que a nota de citação, "ao contrário do que a lei determina, não vem acompanhada do despacho" do juiz e voltou a rejeitar que tenha eficácia jurídica para os efeitos pretendidos.
"A deliberação da Mesa da Assembleia Geral, enquanto órgão estatutário, de admissão da lista A não é legalmente passível nem de suspensão, nem de impugnação por não constituir uma deliberação da Assembleia Geral", justificou, em comunicado lido no Estádio da Luz, em Lisboa.
Manuel Vilarinho advogou também que não existem motivos para invocar a inelegibilidade dos sócios que integram a lista liderada por Luís Filipe Vieira e que pertenceram aos demissionários órgãos sociais.
O dirigente do clube lisboeta recordou que "a participação disciplinar apresentada por Bruno Carvalho (o candidato presidencial da lista B) contra estes sócios foi indeferida liminarmente por manifesta falta de fundamento".
O líder da AG apelou "à participação maciça" dos associados, avisando que as eleições "não se querem objecto de manobras e esquemas pouco claros com vista a sonegar aos sócios a possibilidade de fazerem livremente as suas opções".
As eleições do Benfica estavam inicialmente marcadas para Outubro, mas, a 8 de Junho, o presidente da Mesa da AG anunciou a antecipação para 03 de Julho, na sequência da demissão em bloco de todos os membros dos órgãos sociais.
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