Luís Filipe Vieira, candidato da lista A à presidência do Benfica, afirmou quarta-feira à noite que vai “continuar firme” no clube e que “essa garotada que anda por aí não vai entrar dentro do Sport Lisboa e Benfica”.
“Há uma revolta muito grande dentro de mim. E essa revolta poderia ter dois sentidos, um abandonar, outro continuar e firme. E quero dizer a essa garotada que anda por aí, esses oportunistas, que não vão entrar dentro do Sport Lisboa e Benfica”, disse Luís Filipe Vieira.
O presidente “encarnado” falava durante um jantar, que reuniu dezenas de sócios e simpatizantes do clube, na Casa do Benfica de Évora, e não poupou palavras para o seu adversário na “corrida” ao Benfica, advogados e mesmo solicitadores judiciais.
“Não vai haver advogado algum ou solicitador algum que vai parar o Benfica e não vai haver garoto nenhum, que só quer é protagonismo, alguma vez ser presidente do Benfica”, prosseguiu Vieira, garantindo que “sexta-feira vai haver eleições”.
“Não são estes garotos que vão paralisar o Benfica, que eu não vou deixar, e não é um advogado nem um solicitador que vão decidir. O Benfica é dos sócios”, afirmou.
Recusando prestar declarações aos jornalistas, o presidente do Benfica apelou ao voto, afirmando que quer “muitos benfiquistas a votar para calar de vez estes senhores e mostrar que, na realidade, o clube é dos sócios”.
“Se têm confiança em nós, têm que votar maciçamente e não podem dizer que está ganho, porque se for com 3 ou 4 mil sócios a votar eu não acredito nestas eleições no Benfica”, sustentou Luís Filipe Vieira.
Quarta-feira o presidente da Mesa da AG do Benfica, Manuel Vilarinho, recebeu uma citação judicial em que se pedia a suspensão da deliberação da aceitação da lista A (Vieira) às eleições do Benfica, no âmbito do procedimento cautelar com que Bruno Carvalho (lista B) avançou.
Vilarinho, no entanto, considerou que “não se verifica nenhum obstáculo legal ou processual” ao acto e mantém as eleições para sexta-feira, com as duas listas.
Entendimento diverso tem a candidatura de Bruno Carvalho, que defende que a suspensão da admissão da Lista A às eleições do Benfica decorre directamente da Lei processual civil, concretamente do artigo 397.º, número 3 do Código de Processo Civil.
Essa situação só não se verificaria se fosse apresentada contestação e for proferida decisão judicial até sexta-feira que considere eficaz a deliberação da Mesa da Assembleia-Geral que admitiu a Lista A às eleições.
Bruno Carvalho pediu a suspensão da aceitação da Lista A às eleições com o argumento de que os actuais corpos sociais do Benfica, liderados por Luís Filipe Vieira, violaram os estatutos do clube, ao apresentarem a demissão em bloco, por estratégia pessoal.
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