As feiras dedicadas aos profissionais concentram num único espaço a oferta mundial de cada sector de actividade, e garantem o contacto entre compradores de vários mercados e o acesso a informação privilegiada sobre as tendências desses mesmos mercados.
Para Guido Randel, director da Câmara de Co-mércio e Indústria Luso-Alemã, as feiras são uma ferramenta importante para ultrapassar esta crise, por-que a internacionalização é um passo importante”.
PME podem crescer na exportação
A diplomacia económica, ao nível dos consulados, dos embaixadores e da AICEP, po-de fazer muito pelas exporta-ções portuguesas, mas esse efeito é mais relevante e visível ao nível das grandes empresas do país.
Por esse motivo, entendem os especialistas, as grandes feiras internacionais assumem especial relevo para as pequenas e médias empresas (PME) nacionais, que, na opinião de Gui-do Rangel, têm ainda grande “potencial para crescer na exportação”.
Este responsável lamenta que haja boas empresas portuguesas que ainda não estão presentes nas feiras internacionais.
Nos últimos anos, as feiras espanholas, talvez por uma questão de proximidade e de logística, têm vindo a captar um número crescente de expositores de empresas portuguesas.
Para Nuno Almeida, um dos responsáveis da Ifema – Feira de Madrid, “as PME têm a capacidade de se desenrascar, vão e ven-cem”. No entanto, conside-ra, “têm um problema, que é a falta de formação”.
Outra falha apontada a algumas empresas portuguesas presentes nas feiras é o nível de prepara-ção, nomeadamente no en-vio de convites para possíveis clientes e no ‘follow-up’ depois de estabelecidos os contactos.
Na opinião destes res-ponsáveis, a margem de manobra para a correcção dos problemas apontados, mas não só, permite às PME portuguesas terem espaço para crescer ao nível da exportação.
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