O presidente do BPN, Miguel Cadilhe, criticou a forma como o Banco de Portugal lidou com as irregularidades detectadas na gestão anterior da instituição, que o Governo pretende nacionalizar.
"Houve falhas de vários lados, durante anos e anos. Sabemos que, em um dos lados, houve grave e demorada falha de supervisão. Uma falha de Estado, portanto", afirmou hoje o presidente do BPN, numa conferência de imprensa na qual colocou o lugar à disposição, assim que esteja concretizada a anunciada nacionalização do banco.
Miguel Cadilhe salientou ainda que foram as auditorias realizadas por iniciativa da sua equipa de administração – que tomou posse em Junho – que descobriram as irregularidades cometidas nos últimos anos, e a acção do Banco de Portugal.
Qualificando a decisão de nacionalização do banco, anunciada no domingo pelo Governo, de "radical e desproporcionada", Cadilhe afirmou ainda que esta foi uma "decisão política".
O ministro das Finanças anunciou no domingo a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), devido à descoberta de perdas no valor de 700 milhões de euros, relacionadas com operações realizadas durante a gestão liderada por Oliveira e Costa (1998 a 2008).
Segundo o ministro Teixeira dos Santos, a Procuradoria Geral da República está a investigar as alegadas irregularidades cometidas pela antiga gestão do banco.
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