É incompreensível que uma língua com mais de duzentos milhões de falantes "não possa ser uma língua oficial nas organizações internacionais", defendeu hoje, dia em que a UNESCO destaca a Língua Portuguesa, o delegado permanente de Angola junto daquela organização.
Para o embaixador Jaka Jamba, "é uma questão de batalharmos" para que o Português conquiste o devido lugar e o seu estatuto a nível das organizações internacionais.
O Dia da Língua Portuguesa na UNESCO é uma iniciativa dos Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) acreditados junto daquela organização.
Jaka Jamba salientou a necessidade de uma harmonização ortográfica para o futuro da Língua Portuguesa, ao referir-se ao novo Acordo Ortográfico a ser aplicado pelos países que falam este idioma.
"Havendo uma harmonização ortográfica, isto permitiria que pudessemos ter um quadro que, em termos de edição, e sobretudo em termos de audiência junto das instâncias internacionais, pudesse de facto fazer escutar melhor a nossa voz", declarou Jaka Jamba.
A UNESCO prevê a formação de formadores na África Sub-Sariana, iniciativa que dará atenção especial ao ensino da língua portuguesa e das "línguas nacionais", na medida em que "não se pode educar sem termos em conta as línguas através das quais vamos transmitir a formação," acrescentou o embaixador Angolano.
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