A jovem luso-descendente Letícia Maria Figueira de Freitas foi a vencedora da primeira edição do Prémio Jovem Estudante Santander Universidades, que teve dez finalistas, e será entregue esta quinta-feira no Centro Português de Caracas. O prémio, instituído pela Embaixada de Portugal em Caracas, com o Grupo Santander Totta e o Instituto Português de Cultura, tem o montante pecuniário de 3.500 dólares americanos (2.360 euros) e uma viagem de ida e volta a Portugal, oferta da TAP Air Portugal.
A iniciativa, que se realiza pela primeira vez, procura "reconhecer e estimular os méritos académicos a nível de licenciatura de candidatos luso-descendentes residentes na Venezuela".
Letícia Figueira soube do prémio "por casualidade", porque foi ao Consulado de Portugal em Valência para tratar do passaporte português e viu o regulamento afixado. Percebeu que poderia candidatar-se porque se tinha licenciado dentro do prazo estabelecido e "uma média de 19,29", superior à classificação mínima exigida de dezassete valores. "Concorri para ver o que acontecia, tinha a esperança de ganhar e a notícia caiu-me muito bem", disse à Agência Lusa.
Com 23 anos, Letícia Figueira é filha de emigrantes naturais de São Martinho, Madeira, radicados na Venezuela há quase quatro décadas. Licenciada em Bioanálise pela Universidade de Carabobo, está a fazer um doutoramento em ciências farmacológicas na Universidade Central da Venezuela.
Afirmando sentir-se muito orgulhosa das suas raízes portuguesas e do que faz na vida, Letícia diz que escolheu uma profissão que gosta, que "tem campo, a nível clínico, a nível de investigação e de docência". Acha "bonito poder analisar as amostras biológicas das pessoas e melhorar as suas qualidades de saúde".
Entende português, mas não se atreve a falar, por temor a pronunciar mal as palavras. Com um sorriso nos lábios prometeu empenhar-se em estudar a língua dos pais.
Está actualizada sobre em Portugal, um país que define como tranquilo, com uma boa qualidade de vida, que supera uma crise económica.
"Nasci aqui (Venezuela), tenho três irmãos e estive em Portugal em 1998. Conheci o Norte, a Madeira e o Porto Santo, que me pareceram lindíssimos", diz.
Aos jovens estudantes lança deixa a mensagem "que se esforcem, porque o país (Venezuela) necessita de pessoas comprometidas com os estudos e que se desenvolvam profissionalmente. Isso implica um sacrifício que vale a pena".
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